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Rio – O mercado de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do país permaneceu estagnado em maio. A taxa de desemprego ficou engessada em 10,1%, exatamente o mesmo patamar apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em abril e março. "A economia vai bem, mas isso não se reflete no mercado de trabalho, que está parado há três meses, sem evolução alguma", disse o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo. O estudo do IBGE não contempla a região de Curitiba.

A maior parte dos desempregados é jovem e com mais de 11 anos de estudo. O rendimento prosseguiu em trajetória de alta. Segundo Azeredo, a economia não cresce o suficiente para reduzir a taxa de desemprego. Ele explicou que a taxa tende a cair no segundo semestre, como ocorre historicamente, mas, com a economia mais dinâmica, o "ponto de inflexão" poderia ocorrer mais cedo, já em maio, o que não aconteceu.

O gerente da pesquisa acredita que só um crescimento mais acelerado, com geração de mais postos de trabalho, poderá levar a um recuo mais forte da taxa. "O mercado de trabalho reflete uma falta de dinamismo da economia em gerar mais postos", afirmou. Em maio, o número de ocupados permaneceu praticamente estável (variação de 0,1%) ante abril nas seis regiões, ainda que tenha crescido 2,7% ante maio de 2006.

Esses pequenos crescimentos na ocupação não têm sido suficientes para levar a uma queda no desemprego, já que o número de desempregados nas seis regiões permaneceu inalterado em 2,3 milhões de pessoas em maio, mesmo número de abril.

O lado positivo dos dados do mercado de trabalho, segundo Azeredo, é a manutenção da melhor qualidade do emprego. "Há uma maior formalização do mercado e aumento do rendimento, isso está claro", disse.

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