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Fusão da ALL com a Rumo é alvo de críticas de setores do agronegócio, que temem uma concentração de mercado: nova empresa é avaliada em R$ 11 bilhões | Antônio More/ Gazeta do Povo
Fusão da ALL com a Rumo é alvo de críticas de setores do agronegócio, que temem uma concentração de mercado: nova empresa é avaliada em R$ 11 bilhões| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Os acionistas da América Latina Logística (ALL) aprovaram ontem, em assembleia, a proposta de incorporação da companhia férrea pela Rumo, do grupo Cosan. A reunião, realizada na sede da empresa, em Curitiba, durou menos de dez minutos e colocou o empresário Rubens Ometto Silveira Mello no controle da maior ferrovia do país. Estiveram presentes 75% dos cotistas que representam o capital social da empresa. Destes, 67% aprovaram a proposta sem ressalvas. O restante se absteve.

A operação vai ser submetida imediatamente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à Agência Nacional de Transportes Terrestres. Fontes ligadas ao governo federal afirmaram que a agência reguladora não fará objeções ao negócio, que cria a maior companhia de logística integrada do Brasil.

Para o governo federal e agentes de mercado, a nova empresa pode destravar investimentos no setor ferroviário. Ela está avaliada em R$ 11 bilhões, segundo valor de referência fixado pela concessionária de ferrovias quando recebeu a proposta da Rumo, resultante da soma de R$ 6,958 bilhões estipulados para a ALL e de R$ 4 bilhões para a subsidiária do Grupo Cosan.

Executivos da ALL e da Rumo vão pedir autorização ao Cade para a formação de um grupo de transição, que tratará de planos da nova empresa antes mesmo do negócio passar pela análise do órgão. Comum em operações de fusão e aquisições, esse grupo tem a função de dar velocidade ao plano de integração entre as empresas. A informação é de fontes do mercado.

A Cosan individualmente fica com 27,4% do negócio, o que dá o controle a Rubens Ometto. TPG e Gávea, acionistas da Rumo, terão fatia conjunta de 36,5%. Os planos do grupo Cosan para a nova ALL, que deverá manter o atual presidente, Alexandre Santoro, no corpo de executivos, são ambiciosos. A nova companhia deverá receber investimentos entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões nos próximos anos.

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