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Após três baixas consecutivas, o principal índice da Bolsa brasileira voltou a fechar no azul nesta terça-feira (18), influenciado pelo bom desempenho do setor financeiro. O avanço foi limitado pela baixa das ações de Vale e siderúrgicas, na esteira da queda no preço do minério, e por nova desvalorização das estatais Petrobras e Eletrobras.

O Ibovespa subiu 1,57%, aos 52.061 pontos. O volume financeiro foi de R$ 6,476 bilhões. As ações preferenciais (sem direito a voto) da Petrobras fecharam em queda de 1,19%, para R$ 12,45 cada uma - menor valor no ano e o mais baixo desde 25 de maio de 2005, considerando o ajuste do desdobramento dos papéis feito em 2008.

Já a ação ordinária da estatal (com direito a voto) teve perda de 1,57%, para R$ 11,94 - também o menor valor no ano e o mais baixo desde 15 de setembro de 2004, considerando o ajuste do desdobramento dos papéis feito em 2008.

Avaliação

"A Petrobras novamente caiu em função de especulação sobre a empresa e as denúncias de corrupção. Não é sabido o tamanho da quantia desviada, nem como isso vai impactar o resultado da companhia. Mas o cenário todo é negativo", diz Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

O analista acredita que, no curto prazo, o papel da Petrobras vai continuar sofrendo com as incertezas sobre a companhia e seu balanço. "Por outro lado, é preciso ver que está sendo feita uma arrumação na empresa e o saldo disso pode ser melhora na governança. Isso é bom, mas só deve refletir no preço da ação lá na frente", avalia.

Especulações sobre nomes para a equipe econômica no segundo mandato de Dilma Russeff (PT), segundo analistas, continuam pautando a Bolsa, e ajudaram a impulsionar os papéis de bancos nesta terça. "Houve rumores de que Henrique Meirelles integraria a equipe econômica", diz Filipe Machado, da Geral Investimentos. "Isso é bem visto, pois o mercado pede alguém com mais autonomia", acrescenta.

Entre os bancos, o Itaú subiu 2,91%, para R$ 36,06, enquanto o papel preferencial do Bradesco mostrou ganho de 4,49%, a R$ 36,53. Já o Banco do Brasil registrou valorização de 3,67%, para R$ 26,00. Este é o segmento com maior participação no Ibovespa.

Câmbio

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, teve desvalorização de 0,51% sobre o real, cotado em R$ 2,591 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, recuou 0,49%, para R$ 2,590. A moeda americana havia subido três sessões seguidas.

O Banco Central do Brasil deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 contratos de swap cambial (operação que equivale a uma venda futura de dólares), pelo total de US$ 196 milhões.

A autoridade deu sequência também ao processo de rolagem dos contratos de swap cambial que vencem em 1º de dezembro de 2014. O BC vendeu 14.000 contratos nessa operação, por US$ 677 milhões.

Até o momento, a autoridade já rolou cerca de 54% do lote total com prazo para o primeiro dia do mês que vem, que equivale a US$ 9,831 bilhões.

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