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A Positivo Informática, maior fabricante de computadores pessoais do Brasil, informou ontem que levantou R$ 567,4 milhões com sua oferta inicial de ações. O resultado superou a previsão inicial da empresa, que era de arrecadar R$ 515 milhões. A companhia paranaense vendeu 24,145 milhões de ações ordinárias (com direito a voto) ao preço de R$ 23,50 cada uma.

O preço atingiu o topo das expectativas – que era de uma comercialização dos papéis por entre R$ 17,50 e R$ 23,50 – e sinaliza que a procura pelos papéis foi grande.

Além disso, houve rateio para os pedidos de reserva de pequenos investidores. Foram atendidas integralmente apenas as ordens de até R$ 2.820. Todas as demais ordens compraram esse mesmo valor. Ou seja, mesmo que alguém tenha reservado R$ 300 mil, comprou no máximo R$ 2.820, ou 120 ações.

Uma última indicação de forte procura foi a quantidade de ações vendidas. A oferta prevista era de 21,95 milhões de ações, mas os investidores compraram 2,195 milhões de ações além disso. O resultado foi que a empresa levantou pouco mais de R$ 51 milhões acima do máximo esperado com a oferta.

Os papéis começam a ser negociados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) na segunda-feira com o código POSI3 e a liquidação financeira deve ocorrer no dia 13.

Os bancos UBS e Pactual coordenaram a oferta, que valeu para grandes e pequenos investidores no Brasil e nos Estados Unidos.

A empresa pediu registro de companhia aberta para a Comissão de Valores Mobiliários) no final de setembro – esse foi o primeiro passo para a negociação dos papéis no mercado.

O grupo paranaense Positivo nasceu há mais de 30 anos como uma empresa de educação (atualmente tem colégios, cursinhos, escolas de língua e faculdades), mas hoje também produz bens de informática (venda de computadores) e edita livros (principalmente didáticos).

A Positivo Informática, que abriu o capital, vendeu 161 mil computadores (desktops e laptops) apenas no primeiro trimestre deste ano, o que lhe garantiu a liderança do setor no Brasil, segundo a consultoria IDC.

No ano, a empresa planeja vender 700 mil computadores, contra 23 mil em 2003. Se alcançar esse porcentual, a empresa terá 10,8% do mercado brasileiro de informática. Segundo o IDC, 6,5 milhões de computadores devem ser vendidos neste ano no país, o que representaria uma alta de 18% sobre o ano passado.

Com a fabricação máquinas mais baratas que de outras empresas multinacionais, a Positivo conseguiu conquistar clientes da classe B e C que há alguns anos não consumiam computadores. Assim como outras empresas do setor, a Positivo também foi beneficiada pelo pacote de incentivos divulgado pelo governo federal no ano passado, que isentou de PIS e Cofins os computadores de até R$ 2,5 mil, além de liberar várias linhas de crédito para o consumo desses bens por meio de bancos públicos.

Com o dinheiro levantado com a venda de ações, a Positivo espera financiar sua expansão e investir em novos produtos sem elevar demais o endividamento.

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