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O presidente da Embraer, Frederico Curado, disse nesta sexta-feira (1º) que o acordo firmado entre o governo chinês e a Bombardier "acelera o processo de entrada da China no mercado aeroespacial como grande competidor". Segundo o executivo, o principal atrativo desse acordo para China é na área de tecnologia. "A China já tem seus próprios projetos de aviões, mas não tem a tecnologia que os canadenses têm", afirmou.

Curado afirmou desconhecer os detalhes do acordo, mas disse que, se for de uma parceria "profunda", isso afetará não só a Embraer mas o mercado aeroespacial do mundo todo. Ele ressaltou, porém, que por enquanto nada muda na estratégia da Embraer e que independentemente do que venha a acontecer, a empresa brasileira continuará no mercado chinês.

O executivo disse mais uma vez que espera que, durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China, neste mês, seja definido o futuro da fábrica que a Embraer mantém no país asiático. A empresa está negociando com o governo chinês a possibilidade de passar a fabricar no país jatos executivos da família Legacy. A Embraer gostaria de fabricar ali aviões maiores, mas a China está desenvolvendo seus próprios aviões e agora considera a empresa sua concorrente. Por isso uma alternativa para não fechar a fábrica seria passar a produzir no local jatos executivos.

Curado participou nesta sexta-feira, ao lado de outros empresários, no Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), em São Paulo, de um almoço com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Os temas mais discutidos foram o patamar dos juros no Brasil e a taxa de câmbio. Segundo Curado, o câmbio hoje é uma questão de política internacional.

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