A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (13), em evento ao lado do presidente francês, François Hollande, que espera que a troca de ofertas para o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia seja feita em janeiro de 2014.
"Um futuro acordo contribuirá para a realização de um potencial ainda inexplorado de intercâmbio de nossos produtos e serviços. O Brasil e o Mercosul já estão prontos para fazer a oferta comercial. Esperamos que a troca de ofertas se realize em janeiro", afirmou.
Ela defendeu ainda a busca de equilíbrio nas relações comerciais entre os dois países.
"Nossa corrente de comércio é da ordem de US$ 10 bilhões. É necessário dizer que ela poderia ser muito maior porque temos potencial para tanto. A França está entre os principais parceiros brasileiros. Sabemos que há um contínuo desequilíbrio neste intercâmbio em detrimento do Brasil, e que devemos buscar elevar o comércio a um outro nível em qualidade e equilíbrio", afirmou.
O presidente francês afirmou ter o objetivo de dobrar os valores do comércio entre os dois países até 2020.
"Esse objetivo é realista, mas sob várias condições. A primeira é a mobilização e é isso que se traduz neste encontro. É preciso ter estrutura de comércio permanente, e o fórum econômico franco-brasileiro pode virar isso."
Sobre o acordo entre os dois blocos, Hollande disse que União Europeia e Mercosul "não devem ter medo um do outro". "A Europa é a primeira potência econômica do mundo e deve se voltar às outras zonas e à América Latina. Esse é o desafio da relação que vamos criar entre União Europeia e Mercosul para abrir mercados."
Investimentos
Dilma defendeu também o Brasil como uma "opção segura e atraente para investimentos de qualquer país".
"Os fundamentos macroeconômicos são sólidos, nosso endividamento líquido permanece baixo, em cerca de 35% do PIB, nossas reservas internacionais correspondem a US$ 376 bilhões. Mantemos nosso compromisso com estabilidade e controle da inflação e que fechará 2013 dentro da meta pelo décimo ano consecutivo. Mantemos rigorosa disciplina fiscal e estamos empenhados em melhorar a qualidade do gasto público", afirmou.
Os dois participaram hoje de evento na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estados de São Paulo).
Anteontem, o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, disse que a economia do país está andando "com duas pernas mancas", devido à escassez de financiamento ao consumo e aos reflexos da crise internacional. Mantega dividiu hoje o palco com Dilma e Hollande.
O presidente francês está em sua primeira visita de Estado ao Brasil, iniciada ontem. Na quinta, ele e Dilma assinaram série de acordos nas áreas de educação, ciência e tecnologia. O francês defendeu também que o Brasil assuma uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
-
Queimadas crescem 154% na Amazônia e batem recorde no segundo ano do mandato de Lula
-
3 pontos que Flávio Dino “esqueceu” ao comparar os julgamentos do 8/1 com os do Capitólio
-
Os inimigos do progresso dentro do próprio país
-
Proibição de celulares nas escolas faz bem, especialmente para as meninas, sugere estudo da Noruega
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
Quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem por aí