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Um acordo entre o Banco do Brasil e o Exército Brasileiro vai ampliar a presença da instituição financeira na fronteira amazônica, permitindo maior circulação do dinheiro em um local onde quase praticamente todos os negócios são feitos por meio do "escambo" (troca de mercadorias). A avaliação é de que, com a bancarização e o acesso mais fácil ao crédito, será possível fortalecer a economia das comunidades locais, impedindo a invasão estrangeira e o aumento da criminalidade.

Pelo protocolo de intenções, que será assinado nesta quinta - feira (24), em Manaus o BB vai instalar 14 pontos de atendimentos nos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF). Atualmente, o banco está presente em 33 municípios do Amazonas. "Esse projeto só é possível porque o Exército oferece a infraestrutura e logística, o que reduz os custos de instalação", afirmou o superintendente BB no Estado do Amazonas, Rui Saturnino Ruas.

O superintendente destacou que o projeto é fundamental para fortalecer a segurança nas fronteiras do País. Com maior facilidade de acesso ao crédito e com a bancarização, as economias locais se desenvolvem, reduzindo os índices de pobreza e dificultando a invasão de outros países. Atualmente, os produtores dessas comunidades precisam se locomover por longas distâncias para serem atendidos em uma agência bancária.

Para o BB, 60 mil agricultores familiares poderão ser beneficiados com a iniciativa. Por enquanto, está prevista a liberação de R$ 12 milhões em empréstimos para esses produtores rurais. Para estimular o crescimento nas pequenas cidades, a intenção é que o Exército compre pelo menos parte da produção dos agricultores.

Dentro desse projeto de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), serão contratados 34 sargentos agrários, técnicos agropecuários e florestais para dar assistência técnica aos pequenos agricultores para facilitar a liberação de empréstimos como Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Esses profissionais terão acesso a programa do BB para acolher propostas do Pronaf.

O general de divisão, comandante da 12ª região militar, Marco Aurélio Costa Vieira, destacou que uma das grandes dificuldades para o desenvolvimento das comunidades na fronteira amazônica é a inexistência de circulação do dinheiro. "Os postos de atendimento do BB vão atender às comunidades e também os militares. Hoje, as operações são feitas por escambo. A circulação do dinheiro ajuda no fomento da produção", ressaltou o general Costa Vieira. Além disso, segundo ele, o governo terá condições de fazer uma fiscalização mais rígida, dificultando, por exemplo, a lavagem de dinheiro. A parceria entre BB e o Exército Brasileiro terá a duração de cinco anos.

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