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A bem-sucedida reestruturação da dívida da Grécia abre caminho para um segundo pacote internacional de ajuda ao país, mas pode requerer maior apoio a um banco estatal austríaco, disse o estrategista do Banco Central Europeu (BCE) Ewald Nowotny.

"Foi alcançado aqui um claro sucesso. O peso da dívida grega será reduzido, mas é claro que, do outro lado, ainda há desafios, e esta é a razão pela qual este pacote de ajuda de 130 bilhões de euros está sendo ativado", disse ele em uma entrevista transmitida pela rádio austríaca neste sábado.

Ao lhe perguntarem se um terceiro pacote de ajuda para a Grécia é inevitável, Nowotny respondeu: "Acho que se tem de ver isto de modo muito realista. Seria uma negligência descartar completamente algo do tipo, mas não vejo nenhuma necessidade disso no momento."

A Grécia afastou na sexta-feira a ameaça imediata de uma falência descontrolada quando um número suficiente de credores do país concordou com uma troca de títulos que irá reduzir o déficit público e abrir caminho para um novo pacote de ajuda.

Além das perdas em seus papéis diretos da dívida grega, o banco austríaco estatizado KA Finanz, credor da Grécia, tem de absorver cerca de 424 milhões de euros (556,3 milhões de dólares) em custos por trocas de contratos de swaps de default de crédito (CDS) resultantes da reestruturação grega.

Isso poderá custar ao Estado austríaco até 1 bilhão de euros em ajuda. "Esse é o pior cenário possível, mas eu acredito que, pelo que parece agora, poderá talvez ser menor", afirmou Nowotny, que também é o presidente do Banco Central austríaco.

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