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Com as reivindicações esvaziadas, terminou ontem a greve dos vigilantes responsáveis pelo transporte de valores no Paraná. A proposta inicial de 8% de aumento real, mais correções pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acabou sendo reduzida e o acordo foi fechado com um reajuste de 1,14%, mais INPC e vale alimentação de R$ 15. Essa foi a proposta aceita para os vigilantes que trabalham nos carros-fortes.

Aos chamados funcionários da tesouraria – que atuam dentro das empresas, na contagem do numerário e preparação dos malotes –, foi concedido vale alimentação de R$ 11,90 e fixado piso salarial de R$ 680, que será ampliado para R$ 700 em seis meses.

Todos os funcionários devem voltar integralmente ao trabalho hoje, normalizando o abastecimento de dinheiro das agências bancárias e dos caixas eletrônicos localizados em locais públicos, os mais prejudicados pela paralisação. Vários terminais de shoppings e lojas ficaram sem dinheiro durante a greve, que durou nove dias, contando o fim de semana.

Acordo

O acordo terá a duração de dois anos e prevê ainda um novo aumento de 0,5%, além de correções pelo INPC, em 2011. Os grevistas não receberão pelas horas não trabalhadas, mas terão um prazo de dois anos para reporem o tempo em que ficaram parados. "Consideramos que houve um benefício significativo à categoria, pois conquistamos um reajuste maior do que o concedido em outros estados, como São Paulo, por exemplo", disse o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana (Sindivigilantes), João Soares.

Parte dos funcionários das quatro empresas de transporte de valores voltou a abastecer as agências bancárias e terminais externos depois de determinação judicial expedida na última sexta-feira. A vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), desembargadora Rosemarie Diedrichs Pimpão, havia determinado que duas empresas – Prosegur Brasil S.A. e Brink’s Transporte de Valores – voltassem ao trabalho. Ambas já haviam fechado acordo com os funcionários na quarta-feira da semana passada, mas não retornaram ao trabalho. O Sindivigilantes acusou as empresas de realizar locaute, como é conhecida a greve do empregador, numa suposta tentativa de revisar os contratos junto aos bancos. Na mesma decisão, a desembargadora também havia determinado que o sindicato liberasse 40% dos funcionários das outras duas empresas – Proforte S.A. e Transbank S.A. – para retornar ao trabalho.

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