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A greve dos funcionários das 14 empresas do grupo Eletrobrás entrou terça-feira (17) no seu segundo dia, sem qualquer perspectiva de avanços nas negociações. O presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Franklim Moreira , estima que cerca de 90% dos 26 mil funcionários do grupo tenham aderido à greve. Franklim destacou, contudo, que a categoria está tomando todas as medidas e providências para evitar que o movimento afete de alguma forma a geração e transmissão de energia no país.

"Nós reforçamos as equipes de emergência, e os turnos estão sendo trocados a cada 12 horas nas subestações e usinas. O cuidado é tanto que o sistema está mais reforçado do que em tempos normais, sem greve, porque não queremos prejudicar o fornecimento de energia no país", garantiu Franklim.

Mas, enquanto a Petrobras ofereceu hoje um aumento no pagamento da PLR e um abono para os petroleiros, que só têm data-base em setembro, a Eletrobras não acenou com a possibilidade de novas negociações, segundo o presidente da FNU. A categoria tem data-base em maio e até agora foram realizadas quatro rodadas de negociações.

A Eletrobras, segundo Franklim, oferece apenas o IPCA do período que é de 5,1%. Os trabalhadores querem aumento real (acima da inflação) de 5%, o que representa um reajuste total de 10,1%, além da extensão do plano de saúde aos funcionários aposentados. Segundo ele, muitos empregados que já poderiam se aposentar, acabam adiando a decisão para não ter que arcar com o custo do plano de saúde, de cerca de R$ 1 mil mensais. No próximo dia 19 a FNU tem reunião com a Secretaria Geral da Presidência da República.

A Eletrobras informou que o movimento dos trabalhadores está transcorrendo em clima de tranquilidade, e que todos os serviços estão sendo executados sem problemas. A estatal não soube estimar a adesão ao movimento.

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