• Carregando...

Brasília – O pagamento antecipado da primeira parcela do 13.º salário dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) derrubou o resultado do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) em setembro. No mês passado, o superávit foi de apenas R$ 44 milhões, contra R$ 3,663 bilhões em agosto e R$ 375,4 milhões em setembro de 2006.

Apesar do superávit baixo, as receitas do governo apresentaram crescimento. As receitas totais somaram no mês passado R$ 49,294 bilhões, contra R$ 48,673 bilhões do mês anterior. Já a receita líquida de repasses a estados e municípios subiu de R$ 40,185 bilhões para R$ 41,398 bilhões.

Do lado das despesas, houve uma expansão de mais de R$ 4 bilhões. Elas passaram de R$ 36,522 bilhões para R$ 41,354 bilhões.

Ano

No acumulado do ano até setembro, o resultado do governo central ficou positivo em R$ 51,651 bilhões, o equivalente a 2,77% do PIB (Produto Interno Bruto), um crescimento nominal de 7,2% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 48,168 bilhões).

O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, avaliou que a sociedade brasileira ainda não tem uma compreensão da melhoria do perfil das despesas do governo. "Essa melhoria já está ocorrendo", disse ele, ao rebater as críticas de entidades da sociedade civil e parlamentares da oposição aos gastos do governo. Segundo ele, nem todos os gastos com custeio do governo federal são negativos Ele citou as despesas de custeio com educação e com os gastos sociais. "Os gastos sociais têm características diferentes das despesas de custeio da máquina administrativa", ponderou.

Na avaliação do secretário, as discussões para a adoção de limites dos gastos do governo não pode ser feita de maneira simplista. "É preciso compreender o tipo de gasto que é feito. Essa discussão tem que ser feita com tranqüilidade", justificou. O secretário ressaltou que o governo já enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que estabelece limites para o crescimento das despesas com o pagamento do pessoal. Ele evitou, no entanto, comentar a possibilidade de um aumento das restrições englobando todas as despesas. "Essa discussão vai encontrar a sua síntese no Congresso Nacional".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]