As companhias aéreas pediram que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) flexibilize as regras de alteração de malha aérea durante o período da Copa do Mundo. O argumento das empresas, apresentado na quarta-feira, 23, é de que a demanda por passagens aéreas será alterada durante a época dos jogos (por causa dos resultados das partidas) e exigirá ajustes de última hora para transportar as torcidas. As empresas querem poder cancelar voos que não terão demanda durante a Copa do Mundo sem ser penalizadas e ganhar agilidade para criar voos extras. Hoje, as regras da Anac punem empresas com alto índice de cancelamentos de voos, por exemplo, com perda de slots (horários de pouso ou decolagem) em aeroportos concorridos, como Congonhas, em São Paulo, e Santos Dumont, no Rio de Janeiro. "Hoje, as empresas levam 90 dias para trocar o horário de um voo", explicou o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz. Ele ressaltou que a malha da Copa não está pronta e será definida após o sorteio das chaves, em 6 de dezembro.

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Preços

Sem definições das chaves, as agências de turismo que fizeram reservas nos voos estão considerando diversos cenários para os jogos. Essas reservas fazem com que os voos da malha regular que está à venda tenham altas taxas de ocupação neste momento, o que influencia na precificação das passagens ainda disponíveis. É por isso que os preços praticados durante os jogos da Copa estão elevados.

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Ainda ontem, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que o governo federal vai interferir no setor se os preços forem muito altos. "Se tivermos abuso de preço, o Estado brasileiro vai tomar as providências, sim. Vai utilizar de tudo que tem ao seu alcance para que a gente possa ter um equilíbrio".