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Após exigência da Anac, número de bombeiros do pelotão que fica dentro do aeroporto em Maringá dobrou | Fabio Dias/ Gazeta do Povo
Após exigência da Anac, número de bombeiros do pelotão que fica dentro do aeroporto em Maringá dobrou| Foto: Fabio Dias/ Gazeta do Povo

Maringá voltará a ter direito a novos voos

Hélio Strassacapa, Jornal de Maringá On-line

Começaram a trabalhar na última segunda-feira os nove bombeiros contratados pelo Aeroporto Silvio Name Junior, em Maringá, que completam o efetivo da brigada de incêndio do estabelecimento, agora formado por 18 homens. A contratação era uma exigência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que suspendeu, em novembro passado, a autorização para que as companhias aéreas operassem novos voos no aeroporto, alegando falta de segurança por causa do pequeno número de bombeiros. A Anac também emitiu um auto de infração contra o aeroporto, pois a restrição deveria ter sido comunicada às empresas aéreas que operam em Maringá, e isso não foi feito imediatamente.

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Azul critica órgão regulador

A legislação brasileira tem sido muito dura com os terminais aeroportuários regionais. Essa é a opinião do vice-presidente de operações da Azul Linhas Aéreas, Miguel Dau. "O que me preocupa é que muitas localidades pequenas não tem capacidade para essas adequações (pedidas pela Anac)", afirma Dau. Segundo ele, as características de cada aeroporto são muito diferentes. "Pensamos sempre em diminuir os riscos da operação, mas não se pode criar regras que sejam fáceis para uns e difíceis para outros", defendeu ele. A Azul não chegou a fazer solicitação de novos voos para Maringá desde que a Anac emitiu a sanção contra o aeroporto, mas Dau conta que solicitações do mesmo tipo já foram negadas para outros terminais regionais do país.

O desembarque doméstico e internacional nos aeroportos do país atingiu, em janeiro, nível recorde, de 5,6 milhões de chegadas de voos nacionais (alta de 22% ante janeiro de 2009) e 735 mil de voos do exterior (avanço de 12%), levando o Ministério do Turismo a defender a adoção de "medidas emergenciais" para garantir a expansão da capacidade da rede. "A questão dos aeroportos é o maior desafio, já que há um crescimento chinês na aviação brasileira", afirmou o ministro Luiz Barreto, ao lançar a 6.ª Pesquisa Anual de Conjuntura Econômica do Turismo, realizada com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

"A Infraero tem feito um esforço grande para enfrentar esse desafio, mas acho que temos que ter medidas emergenciais ao longo dos próximos anos, não só para 2014", disse. Como exemplo, citou a instalação de um terminal pré-moldado no aeroporto de Florianópolis, há cerca de três anos, devido ao embargo das obras do terminal definitivo. "Até que as grandes obras deem conta do recado, é preciso botar a criatividade para trabalhar."

O ministro também afirmou que é preciso analisar "sem preconceito" todas as possíveis alternativas para a gestão dos aeroportos brasileiros.

"Sou a favor que a gente estude todos os mecanismos, inclusive o de concessão", disse. Ele ressaltou, porém, que uma eventual opção por esse sistema deveria contemplar também os aeroportos que hoje não são lucrativos. "Não dá para só fazer concessão do filé mignon, tem que pensar no boi inteiro."

Perspectivas

Empresários do turismo estão otimistas com as perspectivas para 2010 e preveem expansão de 14,6% no faturamento e de 4,9% nos postos de trabalho do setor na comparação com 2009. Segundo Barreto, as expectativas são sustentadas pela boa imagem do país no exterior, pelo aquecimento do mercado interno e pela expansão da oferta de crédito.

O setor de transporte aéreo é o que alimenta a maior perspectiva de expansão do faturamento, de 21,2% sobre 2009. No total, a pesquisa ouviu 80 empresas do setor de turismo, que respondem por faturamento de R$ 35 bilhões anuais.

Barreto destacou que em todos os segmentos pesquisados a proporção de empresários que pretende realizar investimentos em 2010 é maior do que a dos que não pretendem. No caso das locadoras de automóveis, a fatia do faturamento que deverá ser canalizada para investimentos chega a 24,1%, a maior constatada na pesquisa.

Em nota, a Infraero afirmou que seu cronograma de investimentos já está em execução e que os aeroportos envolvidos com a Copa de 2014 estarão preparados para o evento.

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