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Os trabalhadores da aviação civil vão cruzar os braços por uma hora hoje de manhã. A mobilização de aeronautas e aeroviários da base da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac) promete paralisar as decolagens e o atendimentos nos aeroportos do país das 6 às 7 horas. O movimento é organizado pelo Sindicato Nacional dos Aeroviários, que representa 22 estados, e pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas.

A greve foi decidida em assembleia na semana passada, após as entidades patronais terem proposto um reajuste de 6,5% nos salários, que corresponderia a um pequeno ganho real, de 0,17%, e 8% nos vales-alimentação e refeição, proposta considerada "inaceitável" pelos trabalhadores. As duas categorias reivindicam um aumento de 8,5% nos salários e demais benefícios.

Na tentativa de reduzir os reflexos, o Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (SNEA) entrou com ação cautelar no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou um efetivo mínimo de 80% de aeronautas e aeroviários em serviço durante a paralisação. Foi estabelecida também multa diária de R$ 100 mil no caso de descumprimento dessa determinação judicial.

Uma nova proposta, de reajuste de 6,83% – o que corresponde à reposição de inflação mais um ganho real de 0,50% – chegou a ser colocada na mesa pelas empresas na semana passada, mas os representantes das categorias a rechaçaram, depois de já terem reduzido duas vezes sua reivindicação – inicialmente, eles defendiam um aumento de 11%. Ontem à tarde, ainda havia tentativas de negociação.

Apesar de a paralisação estar prevista para durar apenas uma hora, em período ainda não considerado de pico, empresas aéreas e sindicalistas preveem impactos nas atividades para as horas seguintes de operação, com possíveis atrasos nos voos.

As empresas informaram que preparam planos de contingência para tentar minimizar os impactos.

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