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Samsung convocou recall do Galaxy Note 7 em dez países | JUNG YEON-JE/AFP
Samsung convocou recall do Galaxy Note 7 em dez países| Foto: JUNG YEON-JE/AFP

A crise segue rondando a Samsung. A empresa sul-coreana anunciou nesta segunda-feira (10) um “ajuste de volumes de produção” de seu smartphone Galaxy Note 7, que passou por um recall devido a riscos de explosão.

Líder mundial no mercado de smartphones, a Samsung passa por tempos difíceis desde que em 2 de setembro, semanas depois do lançamento antecipado do Galaxy Note 7, suspendeu as ventas do “phablet” (híbrido de smartphone e tablet) e convocou a um recall 2,5 milhões de unidades vendidas em dez países após a descoberta de que, em alguns casos, as baterias defeituosas poderiam explodir.

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A operação parecia avançar corretamente até que novos incidentes foram detectados em aparelhos Galaxy Note 7 que já haviam sido substituídos.

No domingo, a gigante americana de telecomunicações AT&T e sua concorrente alemã T-Mobile anunciaram que vão interromper as operações com os Galaxy Note 7 enquanto esperam investigações adicionais. A AT&T é o terceiro maior cliente da Samsung, e a T-Mobile, o quarto.

Isso fez com que as ações da Samsung chegassem a cair até 4% nesta segunda-feira na bolsa de Seul – ao término da sessão, os papéis tiveram queda de 1,52%.

Além disso, segundo a agência Yonhap, que cita como fonte um fornecedor da empresa de smartphones, a Samsung teria suspendido temporariamente a produção do Galaxy Note 7.Esta decisão teria sido adotada em coordenação com as autoridades de proteção do consumidor da Coreia do Sul, Estados Unidos e China, indicou a fonte, que pediu o anonimato.

A Samsung veio a público nesta segunda-feira tentar esclarecer a situação. “Estamos tentando ajustar os volumes de produção para melhorar o controle de qualidade e permitir investigações mais profundas após as crescentes explosões do Galaxy Note 7”, indicou a empresa em um comunicado.

Crise de imagem

As imagens de telefones carbonizados inundaram as redes sociais de todo o mundo nas últimas semanas, uma humilhação para um grupo que se vangloria de ser o campeão da inovação e da qualidade. E os incidentes em aparelhos já substituídos agravaram ainda mais a situação da Samsung.

A crise ocorre num momento que não podia ser pior. Após os anos excepcionais de 2012 e 2013, a Samsung começou a sofrer com a concorrência da americana Apple e dos grupos chineses. E a empresa cul-coreana contava com o Galaxy Note 7 para sustentar seu crescimento até o fim do ano, em um mercado cada vez mais competitivo.

Os analistas consideram que o custo do recall do Note 7 oscila entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões. “É novamente algo muito grave”, declarou S.R. Kwon, analista da Dongbu Securities. “Podem chegar a retirar o Note 7 do mercado. O mais inquietante é que as coisas não parariam por aí”.

“Isso vai danificar a imagem de marca da Samsung e penalizará as vendas de outros smartphones Galaxy”, prevê Kwon.

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