Com uma conexão sem fio à Internet, cachorros-quentes e um grupo de amigos, Daniel Eran Dilger calcula que pode sobreviver por dias do lado de fora de uma loja da Apple, à espera do lançamento do mais recente sonho de consumo dos aficionados por tecnologia.

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Dilger, 33 anos, consultor em tecnologia de São Francisco, vai acampar na rua para no dia 29 de junho ser um dos primeiros a comprar o iPhone, um celular com tela de toque, música, vídeo e Internet.

"Devo ter alguns amigos acampando comigo", afirma ele.

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Dilger é o tipo de pessoa que entraria numa fila por um iPhone, de acordo com Kaan Yigit, diretor de estudos do grupo de pesquisa consumo Solutions, baseado em Toronto.

O comprador típico do iPhone é homem, jovem, com curso superior e uma renda maior do que a média, segundo o levantamento do Solutions.

O iPhone, com preço entre 500 e 600 dólares, estará disponível para a compra nas lojas da Apple e também online.

Apesar de caro, Laura Knoll, 25, declara-se ansiosa por adquirir um porque "ele é tudo em um". Dentro de uma loja da Apple na região de Los Angeles, Knoll comenta: "Não vejo a hora de ter o meu."

Nesta semana, vendedores que ofereciam o produto, para quando for iniciada a comercialização oficial, no site de leilão eBay, já recebiam propostas de 830 dólares pelo iPhone, segundo a imprensa.

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Na sexta, as ofertas foram retiradas, e a porta-voz do eBay Catherine England confirmou que o motivo foi a demanda extraordinária.

'Babando para ter um'

Mas por quê o iPhone está causando essa sensação?

Por duas razões, de acordo com a especialista Jen O'Connell, que escreveu um livro com dicas para comprar um celular.

Primeiramente, O'Connell reconhece o poder da máquina de publicidade da Apple, famosa pelos seus laptops e iPods.

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"Eles dão somente a informação necessária para as pessoas pirarem", afirma ela.

Apesar de Steve Jobs, fundador e executivo-chefe da Apple, haver apresentado o telefone em janeiro, a empresa não anunciou a data do lançamento do produto até veicular os primeiros comerciais na TV no domingo passado.

Além do marketing, O'Connell também acredita que o burburinho sobre o aparelho também deve-se ao fato de ser único.

"Isso é totalmente diferente do que já foi fabricado antes", afirma. "É uma coisa legal, e a maneira pela qual você interage também é legal. Estou babando para conseguir o meu."