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O governo estimula o crédito justamente em um momento em que o brasileiro está devendo mais, o que representa um risco para o aumento da inadimplência, que já vem subindo. Mas os economistas acreditam que o efeito da flexibilização das medidas macroprudenciais não será imediato.

"Da mesma forma que as medidas de restrição do fim do ano passado só começaram a surtir efeito mais efetivo em meados deste ano, a revisão de algumas [medidas] macroprudenciais também deve levar cerca de seis meses para surtir efeito. Há um tempo maior para essas medidas chegarem até a economia real", diz Luciano D’Agostini, diretor da Inva Capital.

"O Banco Central está entre a cruz e a espada. Se afrouxa demais o crédito, favorece o endividamento, que já está alto. Se aperta demais, pressiona o orçamento das famílias e favorece a inadimplência", diz Marianne Hanson, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Um exemplo disso, segundo ela, é a decisão de não subir de 15% para 20% a exigência de pagamento mínimo no cartão de crédito, que entraria em vigor em dezembro. "Se ele adotasse essa regra, pressionaria ainda mais o orçamento familiar", acrescenta.

Para complicar, os bancos – principalmente pequenos e médios – estão mais seletivos na concessão do crédito, reflexo da menor liquidez de recursos que a piora do cenário internacional começa a provocar, segundo Thais Marzola Zara, economista chefe da Rosenberg Consultores Associados.

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