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Entenda o que é grau de investimento

O grau de investimento é uma condição atribuída por agências internacionais de classificação de risco a papéis, empresas ou países para definir que se trata de um investimento seguro -ou seja, com baixo risco de calote.As três agências risco de maior visibilidade no mundo são a Standard & Poors, a Moodys e a Fitch Ratings.As empresas de avaliação de risco são contratadas para fazer essa análise, que é uma opinião. Apesar disso, argumentam que, mesmo sendo atribuída mediante encomenda de agentes financeiros, a nota de risco é uma avaliação independente e confiável porque há uma preocupação com a credibilidade da própria agência.

Vale destacar, porém, que, na quebra do mercado imobiliário americano que esteve no epicentro da crise de confiança global desencadeada em 2008, papéis do setor que se mostraram "ativos podres" tinham nota máxima das agências de classificação de risco com grau de investimento.

As notas emitidas são expressas na forma de letras e sinais aritméticos.

Agência rebaixa ratings da Petrobras e da Eletrobras

A S&P rebaixou o rating corporativo em escala global da Petrobras para BBB-, de BBB, em linha com a redução da nota soberana do Brasil, no final desta tarde, para o mesmo patamar. A agência de classificação de risco também cortou o rating corporativo em moeda estrangeira da Eletrobras para BBB-, de BBB e a nota em moeda local para BBB+, de A-. As notas das duas companhias possuem perspectiva estável.

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Mantega não comenta corte de rating do Brasil

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não quis comentar no início da noite desta segunda-feira a decisão da agência de classificação de risco Standard & Poors de rebaixar o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil para BBB-, de BBB.

Mantega chegou ao Ministério da Fazenda após participar de uma reunião com banqueiros e a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto.

S&P: rebaixamento reflete combinação de fatores

Uma combinação de fatores, que inclui a piora das contas fiscais e das contas externas, fez a Standard & Poors (S&P) rebaixar nesta segunda-feira (24) o rating soberano do Brasil, de acordo com a diretora responsável por Brasil na agência de classificação de risco, Lisa Schineller, em uma teleconferência para comentar a decisão.

A deterioração nos indicadores do Brasil vem ocorrendo nos últimos anos e minou a credibilidade do governo na condução da política fiscal, destacou Lisa na teleconferência. "A credibilidade do governo para a condução da política fiscal se deteriorou", disse ela. "Políticas econômicas mais consistentes, no lado fiscal, dando maior clareza nas contas, na trajetória da dívida", destaca Lisa, seriam fatores que ajudariam na melhora do rating brasileiro, que ficou com perspectiva "estável".

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Rebaixamento mostra equívocos e desacertos do governo Dilma, diz Aécio

O senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, em nota divulgada nesta segunda-feira (24), que o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência Standart & Poors "coroa uma temporada de equívocos" cometidos no governo Dilma Rousseff. O senador citou como exemplo disso o uso de manobras contábeis, o relaxamento com o controle da inflação, e altos gastos do governo.

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A agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) reduziu nesta segunda-feira (24/03) a nota de avaliação do Brasil de "BBB" para "BBB-". Apesar da queda, a nota do país continua no chamado grau do investimento - ou seja, de mercado considerado seguro para se investir. Mas está no menor nível dentro desse patamar, segundo os critérios de análise da agência.

Segundo a agência, a redução reflete a combinação da situação fiscal difícil no Brasil e uma piora nas contas externas. De acordo André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, o rebaixamento não foi uma surpresa. "Investidores já esperavam que isso ocorresse em algum momento, o que, de certa forma, já vinha sendo embutido nos preços dos ativos brasileiros [como ações e juros]."

Ainda na avaliação de Perfeito, a mudança da nota mostra a desconfiança da agência de risco na capacidade do governo de cumprir o que tem prometido na área fiscal e, principalmente, as políticas conflitantes na área econômica. "Temos, por exemplo, uma política fiscal frouxa [muitos gastos do governo] e uma política monetária apertada [aumentos constantes da taxa de juros para tentar conter a inflação]", diz.

Mas o economista ressalta um aspecto considerado positivo no anúncio de hoje da S&P: o fato de que a perspectiva para a nota do país, agora, passou de "negativa" para "neutra". "Isso quer dizer que o Brasil tem cerca de um ano, tempo em que a agência costuma reavaliar as notas, para mostrar que consegue fazer os ajustes de que precisa."

A expectativa de um possível rebaixamento se arrasta desde o ano passado. Na última semana, representantes da S&P se reuniram com membros do governo para discutir as perspectivas das contas públicas.

A S&P foi a primeira agência a elevar o Brasil ao nível de grau de investimento, em 2008, tirando o país da lista de economias consideradas "especulativas". Em junho do ano passado, a companhia colocou a nota brasileira em observação, com possibilidade de rebaixamento.

Apesar das críticas aos erros das agência de risco na crise econômica mundial, essas avaliações ainda servem de parâmetro para grande parte do mercado internacional.

ETF do Brasil vira após S&P e cai mais de 1,5%

Um dos principais fundos de índices (ETF, na sigla em inglês) do Brasil sentiu rapidamente o baque do anúncio do rebaixamento do rating brasileiro nesta segunda-feira. O iShares MSCI Brazil Index, mais conhecido pela sigla EWZ, virou completamente após a notícia e, depois de subir mais de 1% durante o pregão, perde mais de 1,5% no after market.

De acordo com as cotações da Bolsa de Nova York, o ETF brasileiro era negociado às 19h (de Brasília) com queda de 1,57%. O desempenho pode ser uma amostra do comportamento da Bolsa de Valores de São Paulo amanhã.

A tendência de queda observada na última meia hora é completamente contrária ao movimento observado no pregão tradicional, antes da decisão da S&P, quando o ETF terminou com valorização de 1,18% em um movimento que acompanhou o Ibovespa. Em São Paulo, o principal índice da bolsa brasileira terminou o dia em alta de 1,29%.

Segundo os gestores, entre os papéis com maior peso no fundo de índice brasileiro estão Itaú Unibanco (7,96% da carteira), Ambev (7,91%), Petrobras (5,97%), Bradesco (5,78%) e Vale (5%).

Ministério da Fazenda diz que rebaixamento é inconsistente com economia

O Ministério da Fazenda classificou de "inconsistente" e "contraditória" com os fundamentos da economia brasileira a decisão da agência de classificação de risco Standard and Poor's de cortar, nesta segunda-feira, o rating de crédito do Brasil.

"A decisão da agência Standard & Poor's (S&P) de alterar a classificação de risco do Brasil é inconsistente com as condições da economia brasileira. A mudança anunciada é contraditória com a solidez e os fundamentos do Brasil", disse o ministério em nota.

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