Governo Federal e os representantes dos caminhoneiros, que fizeram greve há duas semanas, definiram nesta quarta-feira (8) uma agenda de encontros para debater mudanças nos regulamentos do setor.
A ideia é em 30 dias ter uma proposta para os problemas que foram apresentados pela categoria e que levaram à greve. A greve foi encerrada após o compromisso do governo rediscutir uma nova lei que regulamentou o horário de trabalho dos caminhoneiros.
A principal reclamação dos caminhoneiros é que uma lei, sancionada pelo governo, determina que eles parem por 30 minutos a cada quatro horas de trabalho e tenham um descanso diário de 11 horas seguidas.As entidades dos caminhoneiros afirmam que o intervalo de 11 horas é elevado para os que trabalham em longas distâncias e que não há pontos de parada para cumprir os descansos a cada quatro horas.
Os pontos a serem discutidos foram divididos em quatro temas: normativos e regulatórios, fiscal e tributário, jurídico-legal e pontos de parada. A próxima reunião acontecerá na terça-feira na ANTT para tratar de questões regulatórias.
Bloqueios
Em julho, parte dos caminhoneiros deram início a uma greve e bloqueios nas estradas de vários estados do país, o que causou grandes congestionamentos e problemas de abastecimento em algumas cidades, já que as cargas deixaram de ser entregues.
A greve, que foi encerrada em 31 de julho após sinais de flexibilização do governo, protestava contra um grupo de medidas de regularização anunciadas pelo governo, como as mudanças de jornada e também a instituição do cartão-frete, mecanismo de formalização dos pagamentos da profissão.Segundo representantes do movimento, estas medidas reduziram a oferta e os rendimentos dos trabalhadores autônomos. A greve, no entanto, não chegou a ser apoiada por toda a categoria.
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