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São Paulo – A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) melhorou ontem a nota do Brasil e contribuiu para mais uma forte queda do dólar. A moeda americana recuou 1,46%, para R$ 1,953. Em termos porcentuais, a desvalorização foi a maior em 11 meses. Segundo analistas, o real só não subiu mais por causa do Banco Central (BC), que comprou cerca de US$ 2 bilhões em intervenções nos mercados à vista e futuro de câmbio.

A S&P elevou o rating de crédito soberano de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil de BB para BB+ (um degrau). É a segunda agência de classificação de risco que melhora a nota de investimento do Brasil. Na quinta-feira da semana passada, a Fitch elevou a classificação de longo prazo em moeda local e estrangeira do país de BB para BB+.

A onda positiva também chegou à Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que fechou em novo nível recorde, aos 51.737 pontos, alta de 2,41%. O risco Brasil encerrou o dia em 147 pontos, bem perto da mínima histórica, de 146 pontos.

A pressão pela valorização do real é tamanha que no mercado financeiro ninguém se arrisca a cravar uma projeção para o dólar nos próximos meses. Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Banco ABN Amro Real para a América Latina diz que "o que se pode dizer é que há fundamentos que permitem que o câmbio possa ir ainda mais para baixo".

Schwartsman destaca o bom desempenho das contas externas e a redução das taxas de juros pagas pelo Brasil no exterior. "Nos últimos 12 meses, a balança comercial acumula superávit de US$ 47 bilhões. Os sinais que temos hoje apontam que, se houver alguma desaceleração, não será relevante", observou. Segundo ele a queda dos juros para o Brasil lá fora estimula a captação de recursos -- o dinheiro é trazido para o país, o que ajuda a valorizar a moeda brasileira.

No fim do ano passado, a Santander Asset Management surpreendeu parte do mercado ao projetar o dólar a R$ 1,90 no primeiro semestre deste ano. Agora, a instituição prefere a cautela. "(A trajetória) vai depender do governo", afirmou o diretor-executivo, Walter Appel. Para ele, se o padrão de intervenção do BC no mercado de câmbio dos últimos dias se mantiver, a moeda caminhará para R$ 1,80 nos "próximos meses".

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