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Dilma evita comentar revisão

A presidente e candidata à reeleição pelo PT, Dilma Rousseff, se negou a comentar a revisão da perspectiva do rating brasileiro feito nesta terça-feira (9) pela agência de classificação de risco Moodys. Questionada ao menos três vezes sobre o assunto e uma de forma direta na qual ouviu a pergunta, Dilma disse que "continuaria a responder" sobre outros temas e preferiu falar sobre medidas para banda larga. A presidente também não respondeu a questionamentos referentes à Petrobras.

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A agência de classificação de risco Moody's mudou nessa terça-fera (9) a perspectiva de nota dos títulos do governo brasileiro de estável para negativa. Segundo a agência, a mudança reflete o aumento do risco de baixo crescimento contínuo e a piora nos indicadores de dívida. Esses fatores podem indicar uma redução na qualidade do crédito no Brasil, diz a Moody's.

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Ao mesmo tempo, a agência reafirmou a classificação de risco dos títulos brasileiros em Baa2, devido à resistência da economia brasileira a choques externos, garantida pelo nível de reservas internacionais.

Em outubro do ano passado, a Moody's reduziu a perspectiva da nota da dívida soberana do Brasil de positiva para estável. Na época, a agência também manteve o rating do país em Baa2, garantindo o grau de investimento.

Gato no telhado

A decisão da Moody's de reduzir a perspectiva do Brasil indica que "o gato subiu no telhado" para uma eventual redução da nota soberana do País pela agência em 2015, avalia Alberto Ramos, diretor de pesquisas para a América Latina da Goldman Sachs. "Há um desempenho da economia que não é favorável, como baixo crescimento, inflação alta e contas públicas com problemas", considera Ramos. E, segundo ele, a Moody's adotou um posicionamento em relação a esta realidade.

Ramos, contudo, ponderou que o Brasil pode melhorar as avaliações das agências internacionais de rating se o próximo governo adotar a partir de 2015 uma política econômica que vise recuperar o tripé macroeconômico: inflação na meta, gestão sólida das contas públicas, a ponto de restabelecer uma trajetória cadente da dívida pública bruta e câmbio flutuante.

Moody's muda para negativa perspectiva de nota de bancos

A agência de classificação de risco Moody's alterou de estável para negativa a perspectiva para os ratings de depósitos de longo prazo em moeda local e estrangeira, além da nota de vigor financeiro, de bancos brasileiros nesta terça-feira. A decisão ocorre horas após a Moody's revisar a perspectiva do rating Baa2 do Brasil de estável para negativa.

Segundo a agência, as alterações de perspectiva para o rating de vigor financeiro afetam cinco bancos. No caso do rating de depósitos de longo prazo em moeda local foram 13 instituições afetadas e, no de depósitos de longo prazo em moeda estrangeira, 14. Entre os bancos citados estão BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, HSBC e Citibank.

Avaliação da Moody's desconsidera melhoria no segundo semestre, alega Fazenda

A redução da perspectiva da nota de títulos do governo brasileiro desconsidera a melhoria da economia no segundo semestre, informou o Ministério da Fazenda. Em nota oficial, ressalta que a decisão da agência de classificação de risco Moody's apenas reflete fatores temporários que comprometeram o crescimento econômico do país no primeiro semestre.

De acordo com o documento, o menor número de dias úteis nos seis primeiros meses do ano, combinado com a demora da recuperação da economia internacional e a seca no Centro-Sul do país, afetaram o crescimento da economia no primeiro semestre. No entanto, destacou o texto, no segundo semestre, a produção começou a se recuperar e a inflação a cair, num ciclo que deve perdurar em 2015.

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