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vigilantes reivindicam o pagamento de um adicional de 30% para compensar os riscos da profissão | Antônio More/ Agência de Notícias Gazeta do Povo
vigilantes reivindicam o pagamento de um adicional de 30% para compensar os riscos da profissão| Foto: Antônio More/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

Maringá e região não aderem à greve

Os vigilantes de Maringá e região não aderiram à paralisação. Com isso, as agências bancárias da cidades devem funcionar normalmente

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Procon-PR: clientes não podem ser prejudicados

O Procon-PR, orienta, em nota, que qualquer prejuízo obtido pelos clientes devido à greve deve ser formalizado no Procon-PR. É importante observar, segundo informa a entidade, que há formas de pagamento e realização de transações bancárias alternativas, como internet, lotéricas, farmácias, mercados, entre outros. No caso de dúvidas, o telefone do Procon-PR é 0800-41-1512.

Vigilantes das indústrias aderem à greve

O Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana informa que 70% dos vigilantes que trabalham nas indústrias da Cidade Industrial de Curitiba aderiram à paralisação. Não há informações de que a fabricação de produtos nos locais tenha sido paralisada até o momento, segundo o sindicato.

Detran

Curso de reciclagem é cancelado por causa da greve

A greve dos vigilantes também paralisa o curso de reciclagem para motoristas infratores, promovido pelo Departamento de Trânsito do Paraná (Detran) em Curitiba. As atividades que aconteceriam neste final de semana (de 1º a 3 de fevereiro) foram canceladas pela instituição.

Conforme o Detran, a medida foi tomada, pois há caixas eletrônicos no local onde são ministrados os cursos, o que pode comprometer a segurança de professores e alunos sem a presença de vigilantes.

Segundo o Detran, os cursos serão remarcados para os dias 15, 16 e 17 de março, nos mesmos locais e horários, sem custo para os alunos. Em caso de dúvidas e para maiores informações, os alunos devem entrar em contato pelo email: cursoreciclagem@detran.pr.gov.br

Várias agências bancárias de Curitiba não tiveram atendimento ao público nesta sexta-feira (1º) em razão do início da greve dos vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana. A reportagem visitou, pela manhã, agências do Banco do Brasil, Caixa, Santander, HSBC e Itaú no centro, e encontrou todas fechadas.

Em Londrina, cerca de 130 agências não abriram ao público. A exceção é Maringá, onde os trabalhadores não pararam (leia mais no box).

>> Saiba como fazer operações bancárias sem precisar ir à agência

Em Curitiba, os bancos da região das ruas Marechal Deodoro da Fonseca e XV de Novembro e da Praça Tiradentes estavam todos fechados. Na maioria deles, havia apenas avisos pregados nas portas com comunicados da greve dos vigilantes.

Na Caixa Econômica Federal da Praça Carlos Gomes, onde funciona também o centro administrativo da instituição, os clientes ficaram irritados com a falta de orientação. Um deles foi o funcionário público Jorge Luiz Rodrigues, 54 anos. "Vim para ver o que acontece com a senha do meu cartão, que parou de funcionar. Não tem ninguém aqui. Tinha que ter vigilante porque a minha categoria, quando faz greve, precisa manter 30% dos funcionários na ativa. O banco tem utilidade pública, não pode acontecer esse tipo de coisa".

Na agência do Itaú da Rua Marechal Deodoro, a dona de casa Milene de Lima, 26 anos, ficou decepcionada quando chegou para ser atendida. "Hoje cai o dinheiro das minhas filhas, e não consigo sacar no caixa eletrônico porque meu cartão não funciona. Como vou ficar com minhas contas todas atrasadas? Eles deviam ter, pelo menos, uma pessoa pra resolver esse tipo de emergência".

Leitores da Gazeta do Povo relataram que no bairro Capão da Imbuia, na Rua Leopoldo Belczack, o Banco do Brasil também está fechado. Situação idêntica à agência da Caixa do bairro Batel, na Avenida Sete de Setembro.

O balanço do sindicato, divulgado no começo da noite, apontou que 500 agências ficaram fechadas e 11 mil vigilantes cruzaram os braços em Curitiba e região metropolitana.

Caixas eletrônicos

Enquanto os bancos eram visitados pela reportagem, dois caminhões de transporte de valores faziam o abastecimento de caixas eletrônicos. Funcionários dos bancos HSBC e Banco do Brasil relataram que todos os serviços dos postos de atendimento automático estão funcionando normalmente, inclusive depósitos. O abastecimento de caixas também não tem restrições, já que é feito por empresas terceirizadas.

Mobilização pela manhã

Na capital, o sindicato que representa a classe reuniu os manifestantes na Praça Santos Andrade, de onde saíram pela cidade com o objetivo de conquistar mais adeptos. O grupo, de aproximadamente 200 pessoas, segundo informações repassadas pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana, havia saído em direção a praticamente todas as regiões da cidade, por volta das 9 horas. As áreas próximas aos bairros Bacacheri, Cidade Industrial de Curitiba, Centro Cívico, Boqueirão e Sítio Cercado tiveram grupos atuando no convencimento dos vigilantes para a adesão à greve.

O presidente do sindicato, João Soares, diz que a quinta-feira foi marcada por silêncio nas negociações, o que motivou a categoria a aprovar a greve por tempo indeterminado. "A adesão é grande. O sistema bancário já está praticamente parado com nosso anúncio de greve. Mesmo assim, vamos fazer arrastões pela cidade e haverá bancos fechados em todo o Paraná", diz.

Reivindicações

Os vigilantes reivindicam o pagamento de um adicional de 30% para compensar os riscos da profissão (adicional de periculosidade). No último dia 10 de dezembro, foi publicada em Diário Oficial a sanção da Lei Federal 12.740 de 2012, que prevê que as empresas precisam pagar 30% além do salário para compensar os riscos envolvidos na profissão.

No Paraná, as empresas já fazem um pagamento de 15,5% além dos salários. Para cumprir a nova lei, elas precisam fazer um incremento no bônus, para chegar aos 30% obrigatórios. O piso salarial dos vigilantes paranaenses é de R$ 1.140. O adicional de periculosidade ficaria, com a nova lei, em torno de R$ 340. Segundo o sindicato dos vigilantes, a quitação do novo benefício deveria ter sido feito pela primeira vez neste início de janeiro, o que não ocorreu.

Desde o início das negociações, o sindicato patronal relata que a simples sanção da Lei não é suficiente para garantir o pagamento do benefício, e que uma regulamentação precisaria ser feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Além do adicional, a classe reclama que os empresários se recusam a conceder o reajuste da inflação ao piso da classe com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou 2012 em alta de 5,84%.

Febraban: greve é "descabida"

A Febraban, que representa as instituições bancárias do país, declarou, em nota, também na quinta (31), que a manifestação é descabida. "Os bancos exigem das prestadoras de serviços de vigilância a colocação de funcionários nas agências bancárias, a fim de garantir o atendimento ao público (...). As instituições financeiras desenvolverão todos os esforços legais para bem atender os usuários dos serviços bancários."

Já o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp-PR) alegou que as negociações não foram interrompidas e que não iria se pronunciar sobre o assunto para não atrapalhar o andamento das conversas com categoria.

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