O fraco desempenho do setor agropecuário, os juros altos e o dólar mais baixo afetaram o desempenho da economia brasileira em 2005 (2,3%), quando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de menos da metade do registrado em 2004 (4,9%). Segundo Rebeca Palis, gerente de Contas Nacionais Trimestrais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agropecuária foi afetada pela quebra de safra e também, no fim do ano, pela febre aftosa. Já a indústria de transformação sofreu concorrência de importados, sobretudo nos setores de metalurgia , siderurgia e indústria têxtil. Os investimentos, por sua vez, recuaram devido aos juros mais altos.
A taxa básica de juros Selic ficou em média em 19,1% em 2005, contra 16,3% em 2004.
- 2004 foi o ano do investimento, com a indústria e a agropecuária crescendo muito. 2005 continuou sendo o ano da demanda interna, mas principalmente alavancada pelo consumo das famílias, e não foi tão bom para os investimentos - disse.
O consumo das famílias cresceu 3,1%, favorecido pelo aumento de 5,3% na massa salarial (total dos rendimentos ganhos pelos trabalhadores) e um aumento em termos nominais de 36,7% do crédito para pessoas físicas. Já a Formação Bruta de Capital Fixo, que compõe os investimentos, cresceu 1,6%. Enquanto a construção civil, com peso de 60% dos investimentos, teve alta de 1,2%, a produção de máquinas e equipamentos cresceu 2,3%.
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