O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, se reuniu nesta sexta-feira (17) com a vice-presidente da Comissão Europeia Margarethe Vestager, para tratar das relações entre o Brasil e o bloco europeu, além do acordo multilateral com o Mercosul. O encontro ocorreu durante o lançamento do Mapa Bilateral de Investimentos Brasil-União Europeia, estudo publicado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Brasília.
Alckmin destacou que a União Europeia (UE) é o maior investidor do mundo no Brasil e que pretende fortalecer essa parceria por entender que os europeus compartilham valores e princípios, como o do desenvolvimento sustentável, inclusivo e com estabilidade. A negociação entre os países do Mercosul e da União Europeia começou em 1999, mas só avançou em 2019, após a conclusão das questões comerciais e de aspectos políticos e de cooperação.
Atualmente, o tratado comercial está em fase de revisão. Segundo Margrethe Vestager, a conclusão do acordo é uma prioridade para a Comissão Europeia. "Para nós, finalizar as negociações do acordo Mercosul União Europeia é absolutamente prioritário. É um momento muito importante para acelerar a finalização e este é o momento para fazer as coisas acontecerem", afirmou a enviada da Comissão Europeia.
A vice-presidente executiva disse ainda que 50% do investimento estrangeiro direto no Brasil é de origem europeia e que se orgulha em ver a quantidade de empresas do continente atuando no país.
Nesse contexto, Alckmin destacou os esforços do governo brasileiro para recolocar o país "no combate às mudanças climáticas, desmatamento ilegal zero, transição energética, descarbonização e hidrogênio verde”. Nas próximas semanas deve ser agendada uma visita da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao Brasil. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, as negociações deverão ser "intensificadas" a partir de agora, segundo informações da Agência Brasil.
Promessa de Lula
No final de janeiro deste ano, o presidente Lula já havia antecipado o interesse de formalizar o acordo com o Mercosul ainda no primeiro semestre do seu governo, durante uma reunião com o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz.
"Nós vamos trabalhar de forma muito dura para concretizar esse acordo. Mas alguma coisa tem que ser mudada, não pode ser como está lá… Nós vamos tentar mostrar ao europeu o quanto nós somos flexíveis. E queremos que os europeus também nos mostrem que são flexíveis", disse Lula.
Na época, o presidente também citou que o Brasil tem interesse em entrar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas ainda avalia os termos da adesão. “Obviamente que o Brasil tem interesse em participar da OCDE. O que nós queremos é saber qual é o papel do Brasil na OCDE”, afirmou.
-
Jogo duplo com governo e oposição desgasta Pacheco e pode arriscar seu futuro político
-
Lula e Boulos podem ser processados por abuso de poder econômico e político em ato de 1º de maio
-
As chuvas no Rio Grande do Sul e as ações do poder público; ouça o podcast
-
Maduro culpa EUA e oposição por fiasco econômico que já rendeu perda de US$ 2 bilhões para a Venezuela neste ano
“Clube dos ricos” recomenda que governo reduza deduções do Imposto de Renda
Descubra os segredos de quem paga menos impostos: IR, IPTU, IPVA e mais!
“America Great Again”: o que pode acontecer com o Brasil se Trump vencer a eleição
Interferência de Lula no setor privado piora ambiente de negócios do país