• Carregando...

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,51% em janeiro, informou o IBGE. Em dezembro, a taxa havia sido de 0,38%.

O álcool aumentou 9,22% e foi o item que exerceu o maior impacto no índice, com contribuição de 0,10 ponto percentual. Em dezembro, o produto tinha subido 1,09%. A gasolina, que tem em sua composição 25% de álcool anidro, ficou 0,59% mais cara, variação significativamente maior do que a alta de 0,04% apurada em dezembro.

O IBGE também destacou o aumento de 0,41% dos preços dos alimentos, que em dezembro já tinham subido 0,40%. Devido à redução da oferta, os dois principais produtos do cardápio do brasileiro apresentaram elevações mais intensas. O arroz passou de 0,63% para 3,15%, e o feijão saltou de 4,08% para 9,22%. A batata inglesa, por sua vez, subiu um pouco menos do que no mês anterior (33,23% contra 36,01%), mas continuou fazendo estrago no índice.

As tarifas de ônibus urbanos também ficaram mais caras (0,68% contra 0,48% em dezembro) e tiveram forte influência na inflação de janeiro. Houve reajuste de 12,5% em Belo Horizonte e de 21,05% em Brasília.

Os planos de saúde também pesaram, com aumento de 1,89%. Geralmente, a variação mensal desse item fica em torno de 1%. Mas, segundo o IBGE, o IPCA-15 de janeiro absorveu a diferença entre o reajuste que vinha sendo praticado e o autorizado pela Justiça nos contratos anteriores a 1999. A expectativa do instituto é de que, a partir de fevereiro, os custos dos planos de saúde voltem a oscilar conforme os níveis dos últimos meses.

Também pressionaram o índice os valores pagos aos empregados domésticos (que aumentaram 1,15% contra 0,65% do mês anteiror).

A energia elétrica, por sua vez, apresentou variação negativa de 0,52%. A queda foi proporcionada pela eliminação, em 23 de dezembro, do chamado seguro-apagão, encargo que era adicionado às contas para cobrir o risco de eventual de desabastecimento de energia.

No grupo alimentos, apesar das altas, houve também desacelerações importantes, como a das carnes (de 0,30% para - 1,31%), a do frango (de 0,58% para - 2,82%) e a dos produtos in natura, que haviam disparado em dezembro por conta de fatores sazonais.

Entre as regiões pesquisadas, o maior resultado foi registrado em Belo Horizonte (1,07%), onde houve aumento expressivo das tarifas dos ônibus urbanos (5,45%). O menor índice ficou com a região metropolitana de Recife (0,08%).

O IPCA-15 se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. Os preços para cálculo do mês foram coletados de 14 de dezembro de 2005 a 13 de janeiro de 2006 e comparados com os preços vigentes de 15 de novembro a 13 de dezembro de 2005.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]