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A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, propôs nesta segunda-feira (9) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por telefone, um encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e negociadores europeus para retomar as discussões da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC).

De acordo com o porta-voz Marcelo Baumbach, Lula aceitou a proposta, mas acredita que o impasse deveria ser resolvido entre chefes de Estado – ele disse isso recentemente, após a última reunião do G 4, em que negociadores do Brasil, Índia, Estados Unidos e União Européia mais uma vez não chegaram a um acordo.

A reunião deve ocorrer na próxima semana em local ainda não definido, mas a previsão é que seja na Europa. Questionado sobre a participação de norte-americanos, o porta-voz afirmou que não está prevista. Ele não mencionou os indianos.

Na conversa com Merkel, o presidente voltou a afirmar que o Brasil está disposto a negociar se a União Européia também estiver interessada em rever as taxas para importação de produtos agrícolas.

"O presidente Lula reiterou seu ponto de vista de que a boa vontade das várias partes na negociação não se tem traduzido em resultados concretos porque os números das propostas não têm correspondido à realidade", afirmou o porta-voz.

Ele acrescentou que Lula citou os subsídios do governo norte-americano aos seus agricultores, os cortes "insatisfatórios" da União Européia para as taxas de importação de produtos agrícolas das nações pobres e a expectativa "elevada" quanto ao coeficiente do corte de tarifas industriais dos países em desenvolvimento.

Conforme Baumbach, Lula afirmou que "o Brasil continua inteiramente disposto a seguir nas negociações e demonstrará flexibilidade se as demais partes também estiverem dispostas a flexibilizar suas posições". "O presidente sublinhou que, segundo seu entender, já manifestado em diversas oportunidades, a solução para o impasse requer reunião política em nível de chefes de Estado".

Segundo o porta-voz, Merkel disse não ser contra a negociação em alto nível, porém defendeu que "todas as oportunidades de entendimento devem ser aproveitadas" e que "o prosseguimento das conversações em outros níveis melhoraria as chances de obtenção de bons resultados".

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