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Leilão

Mercado volta a pedir juros altos da Itália

Das agências

A Itália captou ontem 567 milhões de euros (cerca de US$ 759 milhões), por meio da emissão de títulos da dívida soberanos para vencer em 2023. E, mais uma vez, os grandes compradores de obrigações governamentais cobraram taxas de juros mais altas, que atingiram 7,3% ao ano. Em uma operação anterior, o governo italiano havia conseguido colocar esses bônus soberanos no mercado por um juro de 4,3% ao ano.

Juros maiores indicam o grau de desconfiança dos investidores em relação às condições financeiras de um país: se aumenta a percepção de insolvência, as taxas exigidas crescem da mesma forma. Por outro lado, a demanda por essas obrigações governamentais foi praticamente o triplo da oferta, alcançando 1,22 bilhão de euros.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse ontem que a entidade não recebeu nenhum pedido de ajuda financeira por parte da Itália e negou a existência de negociações com Itália ou Espanha em relação a empréstimos. Durante visita ao Peru, Lagarde disse a jornalistas que o FMI está em busca de uma solução "abrangente" para a crise que atinge diversas nações da Europa. "Até este momento nós não recebemos nenhum pedido da Itália e também não estamos negociando com a Itália nem com a Espanha", disse ela, desmentido notícias publicadas durante o fim de semana na imprensa italiana sobre um acordo entre o FMI e o governo italiano.

A chanceler Angela Merkel, da Alemanha, proporá em dezembro uma alteração no Tratado da União Europeia com o objetivo de colocar mais ênfase nas regras de estabilidade da zona do euro que dariam à Comissão Europeia inclusive o direito de rejeitar propostas nacionais de orçamento, afirmou ontem o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble.

Na véspera de uma reunião de ministros das Finanças da zona do euro, o ministro disse ainda que, para assegurar que os países mantenham o endividamento dentro do limite de 60% do PIB, a Alemanha proporia que os integrantes estabelecessem um fundo para administrar qualquer grau de endividamento acima dessa proporção. Ele salientou que a dívida do fundo de cada país seria substancialmente paga com os próprios recursos do devedor.

Em 8 de dezembro, antes do encontro oficial dos chefes de governo dos 27 países da União Europeia, um jantar informal servirá para discutir mudanças nos tratados do bloco, de acordo com uma fonte. Ela acrescentou que a reunião ajudará a garantir mais tempo para debater questões críticas, como a estabilização dos bancos europeus, a contenção da crise das dívidas soberanas e a integração fiscal da zona do euro.

Fundo de resgate

Os principais índices das bolsas europeias fecharam em forte alta ontem após notícias de que os líderes da região estavam progredindo nas discussões para lidar com a crise da dívida na zona do euro. Os traders digeriram várias reportagens relacionadas à crise na zona do euro. Uma matéria do Wall Street Journal afirmava que autoridades de França e Ale­­manha devem chegar a um acordo sobre um novo pacto de estabilidade para conter a crise, e a Reuters informou que funcionários concordaram sobre um rascunho com regras operacionais para o Fundo de Estabilidade Fi­­nan­­ceira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), a linha de ajuda da zona do euro.

Justin Urquhart Stewart, cofundador da Seven Investment Management, disse que os problemas no leilão de bônus do país na semana passada "começaram a forçar a tomada de decisões", com a crise se aproximando da Alemanha. Um resultado ruim de um leilão de títulos de dez anos alemães assustou os mercados na semana passada.

Grécia inicia conversa com bancos sobre desconto na dívida

Agência Estado

O Instituto Internacional de Finanças (IIF) divulgou, em um comunicado, que formou um comitê para negociar com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Grécia a respeito dos detalhes de um plano que reduziria pela metade o valor de face da dívida grega detida pelo setor privado. "Os presidentes do Comitê de Direção são Charles Dallara, diretor-gerente do IIF, e Jean Lemierre, assessor do presidente do conselho do BNP Paribas", afirmou a entidade, acrescentando que representa um grupo que corresponde à maioria dos detentores de títulos gregos no setor privado.

"Nosso trabalho terá como ponto de partida o acordo voluntário firmado em Bruxelas, que prevê uma redução de 50% no valor nominal da dívida do governo da Grécia detida pelos credores privados e a provisão de um auxílio oficial da zona do euro, de 30 bilhões de euros, para melhorias de crédito relacionadas ao envolvimento do setor privado", acrescentava o comunicado. O comitê montado pelo IIF reuniu-se em Bruxelas ontem e pretende chegar a um acordo o mais rápido possível, segundo o órgão.

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