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A inflação pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) acelerou apenas ligeiramente em julho, mês em que a contínua alta dos custos de alimentos foi contrabalançada pelo fim do efeito dos dissídios salariais na construção.

O indicador avançou 0,28 por cento, ante alta de 0,26 por cento em junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. Analistas consultados pela Reuters projetavam avanço de 0,25 por cento.

O Índice de Preços por Atacado (IPA) subiu 0,26 por cento, acima da alta de 0,01 por cento no mês anterior.

O IPA agrícola elevou-se em 1,75 por cento em julho, contra 0,11 por cento em junho. Já o IPA industrial acelerou a queda, para 0,21 por cento, ante baixa de 0,03 por cento no mês passado.

As principais altas individuais no atacado foram de bovinos (+5,84 por cento), leite in natura (+9,73 por cento), soja em grão (+2,31 por cento), aves (+8,84 por cento) e ovos (+4,18 por cento).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) avançou 0,34 por cento em julho, ante elevação de 0,35 por cento em junho.

Os custos de Alimentação aceleraram e registraram a maior alta entre os grupos do IPC, de 1,23 por cento, devido às elevações do leite longa vida (de 16,60 por cento em julho ante 11,80 por cento em junho), mamão papaia, manga e cigarro.

Por outro lado, refletindo a queda da tarifa de energia elétrica em São Paulo, os preços de Habitação declinaram 0,24 por cento neste mês, seguindo a alta de 0,40 por cento.

A tarifa de energia foi a maior queda individual no varejo, de 2,56 por cento.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou um aumento de 0,21 por cento, bem abaixo do salto de 1,67 por cento do mês anterior.

Os custos de Mão-de-Obra subiram 0,07 por cento, depois do forte aumento de 2,94 por cento em junho, mês em que os salários costumam ser reajustados em várias capitais do país.

"A desaceleração foi consequência de impactos decrescentes de reajustes salariais, por ocasião da data-base, nas cidades de Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Rio de Janeiro e São Paulo", disse a FGV em nota.

"Ao mesmo tempo, começaram a ser captadas elevações nas cidades de Curitiba e Porto Alegre."

O IGP-M de junho corresponde à variação dos preços entre os dias 21 de maio e 20 de junho.

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