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Paraná Banco fecha semestre com lucro 37,5% menor

O Paraná Banco alcançou um lucro líquido de R$ 19,2 milhões no primeiro semestre deste ano, valor 37,5% menor do que os R$ 30,8 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Porém, após excluir as despesas com a abertura de capital no balanço, o braço financeiro do Grupo J. Malucelli acrescentou R$ 12,5 milhões ao lucro, o que resultou em um lucro líquido ajustado de R$ 31,8 milhões. Além disso, depois de mudar a forma de considerar despesas com comissões na captação de empréstimos consignados, no segundo trimestre, a empresa acrescentou ainda R$ 24,5 milhões ao seu patrimônio líquido.

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A América Latina Logística (ALL) anunciou ontem lucro líquido de R$ 51,8 milhões no segundo trimestre e de R$ 35,7 milhões no acumulado dos seis primeiros meses do ano. A empresa reverteu os prejuízos registrados nos mesmos períodos do ano passado, que foram de R$ 2,4 milhões e R$ 90,5 milhões, respectivamente. O desempenho entre abril e junho também foi melhor que o do trimestre anterior, quando houve prejuízo de R$ 15,7 milhões.

A receita líquida da empresa cresceu 2,4% no segundo trimestre, atingindo R$ 572,8 milhões, e 1,1% no semestre, chegando a aproximadamente R$ 1 bilhão. De janeiro a junho, a margem de lucro Ebitda (antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 41%, muito superior à do mesmo período de 2006 (28,2%). Os dados incluem as operações da Brasil Ferrovias e da Novoeste, empresas que controlavam linhas férreas nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais e foram compradas pela ALL em maio do ano passado por R$ 1,4 bilhão.

Apesar dos bons resultados, as cotações da companhia paranaense foram pressionadas pela queda da Bovespa (-3,28%) e fecharam o pregão da Bolsa paulista cotadas a R$ 25,69, com forte baixa de 5,02%. No entanto, a avaliação da maioria das corretoras é que o "preço justo" para os papéis é mais alto, próximo de R$ 30. O banco UBS Pactual, por exemplo, fixa o preço-alvo em R$ 32, o que representa um potencial de valorização de 24,5% até dezembro.

De acordo com o gerente de relações com investidores da ALL, Rodrigo Campos, dois fatores foram determinantes para os lucros registrados neste ano. "De um lado, houve grande melhora dos indicadores operacionais, principalmente em relação à manutenção das linhas e à confiabilidade das locomotivas da malha norte [Brasil Ferrovias e Novoeste]. Isso permitiu um aumento nos volumes transportados. De outro lado, reduzimos os custos fixos com a reestruturação das operadoras que compramos no ano passado. Elas tinham um custo muito alto de operação", explica o executivo.

Na malha norte, o número de acidentes por milhão de quilômetros rodados caiu de 101 em 2006 para 64 em março e 45 em junho. "Na malha sul, são 12 acidentes por milhão de quilômetros. Ou seja, ainda podemos melhorar muito a operação da malha norte", diz Campos. Outro indicador operacional, o número de quilômetros percorrido até que ocorra alguma falha na locomotiva, cresceu de 6,8 mil para 10,5 mil entre o primeiro e o segundo trimestre, na malha norte.

O balanço da companhia informa que os volumes transportados pela operação brasileira da ALL cresceram 8,9%, passando de 6,929 bilhões de TKU (tonelada-quilômetro útil) no segundo trimestre de 2006 para 7,547 bilhões de TKU no mesmo período de 2007. Em todo o semestre, o avanço foi de 5%, com volume total de 14,784 bilhões de TKU. Também na comparação com período equivalente de 2006, o volume transportado de commodities agrícolas aumentou 7,6% no trimestre e 3,5% no semestre, enquanto o transporte de produtos industrializados avançou 12,3% e 11,9%, respectivamente.

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