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Curitiba – A Alltech, maior fábrica de levedura do mundo, ainda não foi inaugurada em São Pedro do Ivaí, próximo a Maringá, mas já tem novos investimentos previstos para a unidade. A empresa anunciou que vai investir – além dos US$ 25 milhões aplicados na instalação – mais US$ 15 milhões na duplicação do complexo industrial até o fim de 2006. Resultado de uma parceria com a Usina Vale do Ivaí, a fábrica terá capacidade de produção inicial de 50 mil toneladas de biomassa/ano. A inauguração está prevista para outubro.

O anúncio da duplicação foi feito pelo presidente mundial da empresa, Thomas Pearse Lyons, que esteve ontem em Curitiba para participar do 2.º Simpósio Brasileiro da Indústria de Alimentação Animal. A justificativa para a antecipação dos investimentos, que estavam previstos somente para 2007, é a proibição de uso de antibióticos nos rebanhos da União Européia, que entra em vigor a partir de janeiro do ano que vem, e que deve ocorrer também nos próximos anos nos Estados Unidos. A restrição deve privilegiar o comércio de produtos naturais e gerar um crescimento de demanda pelos produtos fabricados pela Alltech.

Segundo o presidente da companhia, o Paraná foi escolhido como foco nos investimentos da companhia no Brasil devido ao fato de possuir uma boa produção de cana-de-açúcar e ter tecnologia de ponta. A empresa já tem outra unidade em Araucária, região metropolitana de Curitiba. "Encontramos no estado todas as condições necessárias para agregar valor à produção", afirma Lyons. A expectativa é de que, no futuro, a nova fábrica permita uma redução de até 20% no custo da produção do melaço.

Resultado

A filial brasileira da Alltech faturou US$ 25 milhões no ano passado, quase 10% do faturamento mundial da empresa. Segundo Mark Lyons, diretor internacional de projetos, o país terá papel fundamental na meta de alcançar a marca de US$ 1 bilhão de faturamento nos próximos cinco anos, ante os US$ 300 milhões atuais. "Nossa empresa tem crescido cerca de 25% ao ano, por isso acreditamos que esse objetivo será facilmente atingido". Segundo Lyons, a capacidade de investimentos da empresa é de US$ 70 milhões/ano.

De acordo com o presidente da empresa, Thomas Lyons, o setor de biotecnologia é de alto risco e as 4,4 mil empresas espalhadas pelo mundo contabilizam perdas de cerca de US$ 6 bilhões por ano, devido aos altos investimentos.

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