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Os analistas do mercado financeiro esperam que o Banco Central (BC) eleve a Selic em 0,25 ponto porcentual, para 12,25%, na reunião que termina hoje. A aposta é unânime entre as 75 casas consultadas pela reportagem. Esse quadro já havia sido apontado em levantamento parcial divulgado no dia 30 de maio, com 43 casas, e se confirmou na pesquisa ampliada. Para todos os analistas ouvidos, o Comitê de Política Monetária (Copom) foi claro em sua comunicação desde o último encontro, em abril, e não deixa margem para dúvidas com relação à decisão de hoje.

A última vez em que houve unanimidade entre as instituições do mercado financeiro sobre a decisão do Copom foi em outubro de 2010. Na ocasião, 63 casas consultadas previram que a diretoria do BC manteria a Selic estável na então marca de 10,75% ao ano, o que se confirmou.

As divergências entre os economistas aparecem apenas no horizonte mais longo, mas ainda assim há uma concentração de apostas. Conforme pesquisa divulgada em 1.º de junho, das 66 instituições financeiras ouvidas, 45 (68% do total) apostam na Selic a 12,5% no fim deste ano. A imensa maioria desse grupo espera duas elevações seguidas da taxa – uma agora e outra na reunião seguinte, em 19 e 20 de julho.

O ritmo de desaceleração da atividade, principalmente do lado da demanda, ditará o ritmo do ajuste, de acordo com o mercado. "Essa alta de 0,25 ponto na próxima reunião já está encomendada. A dúvida é se o Banco Central vai promover depois dela mais um aumento de 0,25 ponto, e disso vai depender a evolução dos próximos indicadores", disse o economista-chefe do Banco CR2, Lucas de Moura Reis. Ele integra o bloco majoritário que prevê Selic a 12,5% no fim do ano.

Para o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio de Souza Leal, apesar de alguns dados recentes mais fracos de atividade, há ainda outros fatores que justificam altas de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros em junho e nas duas reuniões seguintes do Copom. "Continuamos com os mesmos problemas inflacionários que tínhamos, principalmente com o grupo de serviços, que continua com números muito altos", afirma.

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