A cotação do dólar em torno de R$ 2 ainda não é capaz de "salvar" a indústria, afirmou nesta terça-feira (24) o diretor da área internacional da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca.
"Dá um respiro, como uma pessoa que estava morrendo afogada e consegue respirar", disse. "Mas ainda não está salva. Saímos da crise aguda para uma sobrevida da indústria brasileira".
O empresário participou de seminário que discutiu os efeitos do câmbio no comércio internacional. Segundo economistas reunidos na Fiesp, a taxa de câmbio retira competitividade dos produtos de uma maneira desleal e que fica ileso aos mecanismos de defesa que existem hoje, como salvaguardas e medidas antidumping.
Segundo Giannetti, a indústria brasileira não "desaprendeu a produzir". Ele afirma que ela foi afetada pela alta dos preços em dólares dos produtos que fabrica e perdeu de concorrentes importados.
"O câmbio foi determinante na perda de competitividade da indústria", afirmou.Apesar da recente alta do dólar no Brasil, o empresário afirma que o aumento dos custos ainda foi não completamente absorvido pelos empresários e é por isso que os industriais ainda não recuperaram a produção com a taxa em uma patamar mais favorável.
"Imagino que daqui a 12 ou 24 meses, possamos ter um dólar em torno de R$ 2,20 e R$ 2,30. Isso é o que intuitivamente a indústria sugere como equilíbrio", disse.
- Governo intermediará reunião da GM com sindicalistas
- Entidade afirma que câmbio anula defesas do setor têxtil
- Arrecadação cai 6,5% em junho pressionada por medidas anticrise
- Nível da produção industrial volta a cair em junho
- CNI: 1º semestre foi perdido para a indústria
-
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
-
Em pré-campanha, Nunes encontra papa, entrega imagem de Nossa Senhora e pede oração pelo RS
-
Governo tentou manter “saidinhas” de presos em troca de não criar novo crime de “fake news”
-
Sob governo Milei, Argentina obtém em abril superávit financeiro pelo quarto mês consecutivo
Com gestão acolhedora das equipes, JBA se consolida entre maiores imobiliárias da capital
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
Governo eleva projeção para o PIB, mas não põe na conta os estragos no Rio Grande do Sul
Movimentação de cargas cai pela metade e derruba arrecadação do Rio Grande do Sul