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Novas plataformas vão manter produção da Petrobras em curva crescente | Divulgação
Novas plataformas vão manter produção da Petrobras em curva crescente| Foto: Divulgação

Novo poço da ANP pode ter mais 4,5 bi de barris

A diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard, disse que o poço Libra, que a agência começou a perfurar na Bacia de Santos, pode ter reservas semelhantes às encontradas no poço Franco, onde foram detectados 4,5 bilhões de barris de petróleo. Em entrevista concedida na sede da agência, Magda disse que as duas estruturas geológicas têm tamanho parecido, mas ainda há dúvidas se área de Libra é um reservatório único ou se está dividida em dois reservatórios. Neste último caso, afirmou a diretora, as reservas podem ser menores. Os resultados do poço de Libra devem ser conhecidos em um prazo de quatro a cinco meses.

Enquanto perfura esse poço, a ANP se prepara para iniciar um teste de vazão em Franco. Magda comemorou o resultado da primeira perfuração da ANP em Santos, dizendo que Franco abre uma nova fronteira exploratória na região. Isso porque o poço atingiu uma camada rochosa chamada coquina, ainda pouco conhecida – as reservas descobertas até agora no pré-sal estão em uma rocha chamada microbiolito, mais rasa do que as coquinas. "Encontramos uma coluna de reservatório de 272 metros (em Franco) e cerca de metade disso é coquina. A ANP, no entanto, mantém sua estimativa de reservas no pré-sal em cerca de 50 bilhões de barris de petróleo."

Passos seguintes

Após a perfuração de Libra, a ANP já se decidiu por dois novos poços na área do pré-sal da Bacia de Santos: um ao sul e outro a leste das áreas atualmente concedidas à Petrobras. Além de contribuir com o processo de capitalização da Petrobras, o trabalho tem como objetivo ampliar o conhecimento geológico sobre a região e gerar valor em futuras licitações de blocos exploratórios na área.

Agência Estado

Influenciado por preços melhores do petróleo e pelo aumento das exportações, o lucro líquido da Petrobras cresceu 23% no primeiro trimestre ante o mesmo período de 2010 e alcançou R$ 7,726 bilhões. Já na comparação com o quarto trimestre (R$ 7,4 bilhões), o resultado avançou 4%, apesar da redução sazonal das vendas nos primeiros meses do ano, quando a economia está menos aquecida.O resultado superou as estimativas de bancos e corretoras, que previam lucro entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7 bilhões nos primeiros três meses de 2010, e contrariou as estimativas de queda do lucro em relação ao último trimestre de 2009. "Pro­­­­duzimos mais petróleo, vendemos mais derivados no mercado doméstico e exportamos muito mais", resumiu o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa.

Apesar da desvalorização do dólar ante o começo de 2009, o crescimento do volume de produtos vendidos ao exterior fez a Petrobras inverter o sinal de sua balança comercial: de déficit de US$ 150 milhões nos três primeiros meses de 2009 para superávit de R$ 772 milhões no mesmo período de 2010. Tal expansão se deve, em grande medida, à alta de 70% do preço do barril de petróleo Brent em um ano – o que anulou o efeito negativo do câmbio. Graças também ao crescimento de 2% da produção doméstica de petróleo, a estatal teve excedente para exportar e gerar mais receitas.

Mais plataformas

Segundo Barbassa, a curva de produção se manterá crescente em razão da instalação de plataformas ainda neste ano. Juntas, somarão capacidade adicional de produção de 400 mil barris/dia – quantidade que mais que compensa o declínio natural dos campos maduros de 170 mil barris/dia desde o primeiro trimestre de 2009.

Ao lado da retomada do crescimento econômico e da boa safra de grãos (que ajudou na expansão das vendas de diesel), o preço maior do álcool no início deste ano beneficiou o desempenho da Petrobras.

É que houve migração do consumo para a gasolina, cujas vendas subiram 25% no primeiro trimestre. A situação, porém, já se inverteu e o álcool se tornou mais barato com o começo da safra da cana.

Diante desses dois fatores e dos melhores preços do petróleo, o faturamento da Petrobras cresceu 18% ante o primeiro trimestre de 2009 e atingiu R$ 50,4 bilhões nos três primeiros meses deste ano.

O crescimento das dívidas indexadas ao dólar provocou impacto negativo de R$ 360 milhões no lucro. O endividamento total da companhia cresceu 5% e fechou em R$ 61 bilhões no primeiro trimestre de 2010.

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