• Carregando...

A alta dos preços do petróleo nas últimas já está afetando a economia brasileira. Segundo reportagem de O Globo, apesar de a Petrobras não reajustar os preços do óleo diesel e da gasolina desde setembro do ano passado, o consumidor poderá sentir os efeitos da alta do petróleo de forma indireta: na cadeia petroquímica e na indústria de plásticos, os produtores vão emplacar aumentos de até 18% nos próximos dias.

O querosene de aviação subiu 24% desde o início do ano — o que encarece as passagens aéreas. E alguns fertilizantes já estão 30% mais caros do que há alguns anos, afetando a produção agrícola.

Os preços médios do petróleo estão 24% acima dos registrados em 2005 e 76% maiores do que eram há dois anos. Segundo José Ricardo Roriz, presidente do Sindicato da Indústria de Resinas Plásticas (Siresp), o preço da nafta, derivado de petróleo que é a principal matéria-prima da indústria petroquímica, saiu de um patamar médio de US$ 300 a US$ 400 por tonelada, nos últimos dez anos, para US$ 650 entre julho e agosto.

Segundo Roriz, as empresas do setor estão reajustando entre 15% e 18% seu preços. Mas a negociação com os clientes é difícil e a perda de rentabilidade pode levar as indústrias a adiarem investimentos.

A Petrobras reajusta os preços da nafta, com base em uma cesta de cotações internacionais, todo mês. Além disso, cerca de 30% a 40% da nafta consumida no país é importada.

O petróleo também afeta os preços de fertilizantes nitrogenados, que são usados em lavouras de milho, café e cana-de-açúcar, entre outras. Segundo André Pessôa, diretor da consultoria Agroconsult, esse tipo de fertilizante subiu 30% em três anos.

Segundo cálculos do especialista Adriano Pires Rodrigues, os preços da gasolina estão defasados em 16% em relação ao mercado americano, enquanto o óleo diesel está 21% mais barato do que no exterior.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]