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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) estreou o mês de junho com forte alta, de 2,42%, num dia em que números positivos da economia americana reforçaram o bom humor dos investidores. Mas a valorização de 15% da bolsa em abril e de outros 12% em maio acendeu o "sinal amarelo" para várias corretoras de valores nesta semana. Para os analistas da Spinelli, o Ibovespa a 53 mil pontos está "bastante elevado" e já "abre espaço para realização" (venda de ações muito valorizadas). "Considerando que o lado real da economia está enfraquecendo, acreditamos que as chances de novos avanços são cada vez menores", afirma a equipe de economistas da corretora.

O economista Silvio Campos Neto, do banco Schahin, manifesta opinião semelhante. "É difícil precisar até onde será mantida essa nova onda de otimismo. A melhora dos fundamentos e das perspectivas é real, todavia a precificação já foi vigorosa e sugere alguma pequena correção em breve", avalia.

O mercado financeiro continua comprando ações, sob a aposta de que a recuperação dos EUA começa já em 2010 e sem acusar maior impacto com a concordata da GM, anunciada ontem. Sinais positivos da China também ajudaram.

Com a alta de 2,42%, o termômetro da bolsa, o Ibovespa, atingiu os 54.486 pontos. Trata-se da primeira vez que a Bovespa encerra o dia no nível de 54 mil pontos desde 2 de setembro de 2008. O giro financeiro foi de R$ 5,98 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 2,60%. A ação preferencial da Vale do Rio Doce teve forte valorização de 3,96% e foi o papel mais negociado da bolsa, movimentando quase R$ 800 milhões.

Câmbio

O fato de a cotação do dólar já ter desvalorizado quase 10% no mês passado não impediu que a taxa cambial voltasse ontem. Nas últimas operações, a moeda norte-americana foi negociada por R$ 1,953, o que significa um decréscimo de 0,86% sobre a taxa de sexta-feira.

É o menor preço para a moeda desde 1º de outubro. Diferentemente da Bolsa de Valores, o dólar ainda não voltou a ser negociado nos níveis anteriores à fase mais turbulenta da crise, marcada pelo episódio da quebra do banco Lehman Brothers, em setembro do ano passado.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 2,040, em um declínio de 2,85% sobre a taxa da semana passada.

Os agentes financeiros continuam a operar sob influência do otimismo predominante no mercado há semanas.

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