O Crédito Direto ao Consumidor (CDC), medido mensalmente pela Anefac, teve um leve aumento em março, último mês disponível na pesquisa. O CDC ficou no mês passado em 2,39% ao mês (32,77% ao ano), contra 2,34% a.m. (31,99% ao ano) em fevereiro. Apesar da alta, o valor ainda é menor do que em janeiro do ano passado, quando a taxa foi de 2,43% a.m. (33,39% ao ano). Os juros do cartão de crédito, segundo a Anefac, se mantiveram estáveis em março, em 10,69% a.m. (238,30% ao ano).
"Porém, enquanto houver crédito e os bancos tiverem disposição para emprestar, os brasileiros vão continuar comprando. Se as pessoas tiveram dinheiro, eles ignoram essas altas leves. A menos que tenha um choque novo na economia, o cenário tende a permanecer", prevê o professor de Finanças Públicas e Corporativas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) José Guilherme Silva Vieira.
Recomendações
Na hora de optar pelo tipo de crédito, os especialistas recomendam que os consumidores façam comparações entre as taxas cobradas em cada modalidade de empréstimo e financiamento e principalmente nas alíquotas exercidas pelos diferentes bancos. "O cheque especial, por exemplo, tem uma taxa altíssima e não deve ser usado mensalmente pelos consumidores, apenas em emergências. Caso a pessoa esteja enrolada com o cheque especial ou ainda com o cartão de crédito, ela pode pegar um empréstimo pessoal, que é mais barato, para cobrir esta dívida. Ele pode também comparar as taxas dos bancos para tentar barganhar com o gerente uma baixa nos juros", ensina a técnica de defesa do consumidor do Procon-SP, Helena Brazão Gerencer.
Cartão de crédito
Além da possibilidade de aumento da taxa Selic, outra medida restritiva deve começar a pressionar os consumidores no segundo semestre. De acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), a partir do dia 1.º de junho, o valor mínimo da fatura a ser pago por quem utiliza o cartão de crédito passará de 10% para 15%. Em dezembro a taxa deve aumentar para 20%, com a intenção de que as compras feitas no cartão de crédito pesem um pouco mais no bolso dos consumidores.
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