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O forte crescimento da economia dos Estados Unidos no terceiro trimestre renovou as apostas dos investidores de que o Fed, o banco central norte-americano, deve começar a cortar seu estímulo à economia.

Essa perspectiva provocou a valorização do dólar sobre as principais moedas emergentes, pois o corte do estímulo nos EUA pode restringir a oferta da moeda americana nesses mercados, pressionando o câmbio. No Brasil, o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,05%, para R$ 2,307, o maior nível desde 5 de setembro.

A economia americana avançou 2,8% no trimestre encerrado em setembro, na taxa anualizada, superando a alta de 2,5% registrada pelo PIB entre abril e junho. O número também superou as estimativas de analistas de mercado, que esperavam um avanço de 2%, e indica o melhor resultado desde o terceiro trimestre de 2012.

Desde 2009, o Fed recompra US$ 85 bilhões por mês em títulos públicos para injetar recursos na economia e estimular uma retomada. Como parte desse valor migra para outros mercados, como o Brasil, a possibilidade de um corte preocupa os investidores.

"Os investidores não estão considerando, no entanto, que o PIB divulgado nos EUA não considera a paralisação do governo americano no início de outubro. Isso vai prejudicar o crescimento acumulado do país no ano. Por isso, continuo achando que o Fed só começará a cortar seu estímulo em 2014", diz João Brügger, analista da Leme Investimentos.

Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, existem outros fatores que devem aliviar as preocupações. "Um deles é o aumento da taxa básica de juros [a Selic] para dois dígitos. Isso atrairá naturalmente mais aplicações externas ao Brasil."

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