Opinião
Superzoom para quem viaja
A procura por câmeras compactas com superzoom e que gravam vídeos redirecionou o foco das grandes fabricantes de equipamentos fotográficos para o público iniciante na fotografia e os amadores avançados aqueles que têm um nível de conhecimento e técnica mais elevado. Carregadas de inovações tecnológicas, novos itens pesam na hora de comprar uma máquina fotográfica como gravar vídeos em alta definição, incorporar cinco ou mais lentes em apenas uma (sem a necessidade de trocar, por exemplo, uma lente grande angular por uma teleobjetiva), sensor de sujeira e poeira, modos criativos de imagem e edição na própria câmera e até mesmo a possibilidade de postar a foto ou vídeo imediatamente em redes sociais. No que diz respeito a uma câmera que troca de objetivas, o preço é um fator a ser levado em conta. Em muitos casos, só o valor do corpo de uma DSLR (Digital Single Lens Reflex) é o equivalente ao de uma compacta com superzoom. Quem viaja com frequência, mas não gosta de carregar lentes em bolsa ou mochila algo que sempre atrai a atenção de ladrões em qualquer parte encontra nessas câmeras opções com praticidade e leveza. Mas como quase tudo em tecnologia e inovação tem um "porém", as câmeras dotadas de superzoom, em situações de pouca luminosidade, demoram a fazer o foco e quase sempre borram a foto isso quando utilizadas em zoom de três ou mais vezes, apesar de a maioria incorporar o modo de estabilização de imagem que minimiza a trepidação na hora do clique. Se possível, leve um tripé, mesmo que compacto, em suas jornadas.
Antônio Costa, fotógrafo da Gazeta do Povo
No que depende da indústria, está ficando mais fácil se tornar um bom fotógrafo. Os modelos voltados aos amadores estão cada vez mais sofisticados. Zoom óptico, estabilizador, ajustes automáticos, plug-ins sociais e outras ferramentas melhoram o resultado das fotos sem muito esforço de quem está atrás da lente e tudo isso sem perder o formato compacto.
A tendência ficou clara durante a PhotoImage Brazil, maior evento do segmento de foto e vídeo da América Latina, realizado na última semana em São Paulo. A maior vitrine de lançamentos da área trouxe ao mercado modelos amadores mais sofisticados de várias marcas. A diretora do evento, Duda Escobar, diz que o atual foco do mercado são câmeras para um consumidor "em transição" de um modelo básico para outro mais avançado. Ou seja, gente que está comprando sua segunda, ou até terceira, geração do equipamento com lentes e sensores mais sofisticados, porém fáceis de usar.
Duda ressalta, no entanto, que o consumidor ainda valoriza muito os modelos com alta resolução (mais de 14 megapixels), visor amplo (superior a 2,5 polegadas) e a boa capacidade de gravação de vídeos digitais.
A Sony é uma das fabricantes que está apostando nesta tendência. O principal lançamento da companhia na feira foi a NEX C3 modelo compacto, digital e com lentes intercambiáveis, ela tem o mesmo sensor utilizado em um modelo profissional da marca, mas sem o sistema de espelho e, por isso, é menor e mais leve.
"A ideia é levar elementos mais sofisticados do mundo da fotografia para o consumidor comum", disse o gerente de produto de Digital Image da Sony Brasil, Thiago Onorato, durante o evento. O modelo será fabricado na Zona Franca de Manaus e, segundo a Sony anunciou no evento, teve investimento inicial de R$ 80 milhões.
Na mesma linha, a Samsung apresentou na PhotoImage a NX 11, modelo com a tecnologia i-Function que permite que o jogo de lentes se comunique com o corpo da máquina e que o usuário execute comandos do modo manual girando o anel de foco. Essa, no entanto, é para quem está disposto a um investimento maior. O preço sugerido é de R$ 2.399.
A outra novidade da Samsung é a ST93. Apesar de ser um dos menores modelos disponíveis no mercado, ela tem duplo estabilizador digital de Imagem, resolução de 16.1 megapixels e capacidade de gravação de vídeos em alta definição. A ST93 chega ao mercado por R$ 649.
A Fujifilm também está investindo em câmeras "premium" que, segundo a empresa, são destinadas aos consumidores comuns mas que querem recursos avançados. A expectativa em cima do principal lançamento da empresa na feira, a X 100, com visual retrô, é, segundo a Fujifilm, divulgar o nome e a tecnologia da marca para um mercado mais exigente que já está surgindo no Brasil. O modelo tem 12,3 megapixels, tela de 2,8 polegadas, visor híbrido, detector de face e sistema de estabilização de imagem. O preço sugerido é de R$ 3.999.
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