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Um ano e meio após anunciar sua chegada ao Brasil vendendo apenas livros digitais, a Amazon começou ontem a vender livros físicos, mercado que movimentou mais de R$ 5 bilhões em 2013. Além de informar que trabalhará com preços baixos, a empresa anunciou que o frete será grátis, para todo o Brasil, no caso de pedidos de livros a partir de R$ 69.

Já a política de devolução será estendida para 30 dias. Isso significa que o cliente receberá o dinheiro de volta se quiser devolver o livro em um mês – terá, apenas, de pagar o frete. No caso da devolução em sete dias, como prevê a legislação brasileira, não há cobrança de frete.

Com estratégias como essas, a varejista americana quer atrair a atenção dos 85 milhões de internautas do país. "Qualquer brasileiro alfabetizado que tenha conexão à internet é nosso cliente em potencial", diz Alex Szapiro, diretor geral da Amazon.com.br.

A estreia da Amazon em livros físicos era mais que esperada pelo mercado. O setor está na raiz do negócio de Jeff Bezos, o fundador, que montou a empresa em 1994, em Seattle, porque ali estava uma grande distribuidora de livros e um ambiente fiscal mais favorável.

Para fazer o lançamento da nova operação, a companhia esperou o número de títulos em português ultrapassar 150 mil, catálogo que alega ser o maior do Brasil. A Livraria Cultura, no entanto, afirma ter 200 mil.

Concorrência

Para especialistas, a entrada da Amazon no segmento de livros físicos ajuda a elevar o nível de gestão da venda on-line no Brasil. "Vejo isso com bons olhos porque, ao trabalhar com as melhores práticas e melhor gerenciamento, ela ergue o sarrafo da qualidade no mercado", diz Carlo Carrenho, consultor editorial e dono do site PublishNews, sobre o mercado editorial.

Entre essas práticas estão desde o acesso fácil ao "fale conosco" da empresa até um bom trabalho de metadados – que reúne as informações dos livros (fornecidas pelas editoras) de uma forma inteligente, a fim de que o produto seja facilmente descoberto pelo internauta.

As livrarias brasileiras reconhecem a experiência da Amazon no setor, mas não se assustam. "É uma empresa muito grande, mas vamos trabalhar para competir de igual para igual ou melhor", disse o presidente da Livraria Cultura, Sérgio Herz.

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