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Recorde

A Petrobras afirma ter atingido em 2014, pelo sexto ano seguido, recorde no refino de petróleo. O aumento foi de 34 mil barris por dia, alta de 1,7% em relação ao ano anterior, batendo 2,1 milhões de barris de petróleo processados diariamente. A estatal diz que os recordes mensais foram atingidos em março, com carga processada de 2,151 milhões de barris por dia, e em junho, com processamento de 2,172 milhões de barris diariamente.

A divulgação do balanço financeiro da Petrobras relativo ao terceiro trimestre do ano passado, esperada para hoje, será recebida com ceticismo pelo mercado financeiro. Analistas ressaltam que ainda pairam questionamentos quanto à veracidade da baixa contábil estimada pela petroleira para dimensionar o estrago causado pelo superfaturamento de projetos em seu patrimônio. A avaliação é que o efeito dos números sobre as ações dependerá da capacidade de a Petrobras demonstrar que o resultado divulgado condiz com a realidade.

A petroleira admite que ainda não há previsão para a publicação do resultado auditado, que sofre influência das investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal. A Petrobras deveria ter divulgado o seu balanço no dia 14 de novembro de 2014, mas a empresa de auditoria PwC demonstrou constrangimento em auditar os números.

Ao adiar a publicação do balanço, a Petrobras é multada diariamente pela Comissão de Valores Mobiliários. O grande temor da empresa, no entanto, é que, sem a divulgação, credores exijam o pagamento antecipado de dívidas, como previsto em contrato.

Analistas afirmam que ainda não conseguem prever se as informações que sairão hoje vão influenciar positiva ou negativamente as ações, principalmente, porque desconhecem o método que a Petrobras está usando para calcular o rombo provocado pela corrupção.

"A grande questão, nesse momento, é entender como o balanço vai ser estruturado para incorporar os desvios da corrupção. É uma grande incógnita. Não creio que virá nos conformes, com detalhes, mas terá que sair de alguma forma para que ela possa tocar os negócios. É uma situação muito grave", avalia o consultor e ex-diretor da estatal, Wagner Freire.

O especialista de uma corretora, que não quis se identificar, afirmou que a Petrobras conseguirá impressionar o mercado se os dados relativos à baixa contábil for detalhadamente explicado, o que deve conferir credibilidade ao resultado.

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