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A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) quer que a TIM Participações faça mudanças no plano de investimentos apresentado à autarquia, dando mais ênfase à melhora do serviço de call center e à projeção de demanda de novos clientes para os próximos anos, disse a jornalistas nesta terça-feira (24) o superintendente do órgão regulador, Bruno Ramos.

De acordo com o superintendente, 80% do plano apresentado pela empresa é focado em melhorias na rede e faltavam mais detalhes sobre as estimativas da base de clientes e do tráfego de dados nos próximos anos, com dados específicos sobre projeção de tráfego e usuários nos eventos esportivos da Copa do Mundo e Copa das Confederações.

"Queremos saber quantos usuários novos vão entrar na base, qual vai ser o tráfego de voz e dados já nos próximos dois anos. Queremos saber a expectativa disso nos próximos dois anos porque vamos ter a Copa das Confederações em 2013, e a Copa do Mundo, em 2014, quando haverá pico de tráfego", afirmou o superintendente à jornalistas após reunião com executivos da TIM.

Segundo ele, esse ponto não estava claro nos planos da Oi e da Claro, que também sofrerão proibição de vendas e ativação de chips por conta da pouca qualidade de serviço oferecido.

O superintendente evitou se comprometer com o prazo estipulado pelo ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, de 15 dias para as empresas de telefonia celular retomarem a normalidade de venda e ativação de serviço.

"A Anatel trabalha de acordo com os planos apresentados e ver se vai atender. Temos que aguardar todas as empresas darem os detalhes", afirmou Ramos.

Mais cedo a TIM informou em nota distribuída a jornalistas na Anatel que dobrou para 451 milhões de reais a fatia do seu orçamento destinada para melhoria de qualidade. Os recursos, que seriam aplicados até 2014, vão ser injetados já em 2012, por meio de realocação dos investimentos previstos pelo grupo.

O montante faz parte dos planos de investimentos de R$ 3,5 bilhões para este ano e de R$ 9,5 bilhões até 2014.

O superintendente afirmou ainda que as empresas estão colaborando com a sanção imposta e que os casos de vendas de chip são pontuais. "Vamos verificar os problemas e vamos atuar. Mas as empresas estão colaborando e atendendo às determinações de forma correta", sustentou.

Ele disse ainda que a agência reguladora está preocupada com a retomada das vendas das empresas. "As empresas precisam se adaptar ao padrão de qualidade exigido."

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