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Só serão mantidos em uso telefones públicos com novas tecnologias, como rede wi-fi; agência estuda aparelhos em ônibus | Antônio More/ Gazeta do Povo
Só serão mantidos em uso telefones públicos com novas tecnologias, como rede wi-fi; agência estuda aparelhos em ônibus| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

A evolução dos serviços de telecomunicações pode resultar em uma redução de até 538 mil dos 950 mil telefones públicos que existem no país. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), 188 mil já podem ser desligados porque estão praticamente sem uso. Além disso, a agência colocará em consulta pública, até o fim de março, um estudo com perguntas à sociedade sobre a evolução tecnológica da telefonia fixa e a possibilidade de mudança de regras para redistribuição e redução de orelhões no país. É o primeiro passo para a desativação de mais 350 mil aparelhos, mantendo em uso telefones públicos que serão turbinados com nova tecnologia e funções.

O novo orelhão, além de permitir ligações de voz, deve contar com videofone, com acesso à internet, transmissão de mensagens de texto (SMS) e wi-fi. Com isso, o acesso sem fio poderá ser feito também por notebooks, smartphones e tablets, a partir dos orelhões. Outro modelo em estudo é o telefone público instalado em ônibus. Também está sendo proposto pela agência aparelhos públicos para os deficientes de fala e audição, diferentes dos existentes atualmente. Eles terão imagem e comunicação plena, com central de intermediação com vídeo, onde a pessoa se comunicaria com o intérprete em Libras (linguagem de sinais). Os telefones públicos de hoje, apesar de serem adaptados, não são considerados funcionais.

Tecnologia velha

A telefonia pública atual utiliza tecnologia de 20 anos atrás, que tem dificuldades desde a funcionalidade, de cobrança e até mesmo de acesso. Os orelhões, por uma decorrência histórica, estão concentrados nos grandes centros urbanos. Menos de 140 mil estão instalados em vilarejos entre 100 e 300 habitantes, como determina a legislação. Na maior parte, estão localizados em cidades onde o morador conta com oferta de celular de três empresas. Os dados apontam que 49% dos orelhões, ou cerca de 420 mil, fazem menos de 60 chamadas ao mês ou menos de duas ligações ao dia. A receita média mensal por orelhão da Oi é de R$ 10; a da Telefonica, R$ 14. Historicamente, era de R$ 110. Entre 2007 e 2011, porém, houve uma queda na utilização de 40% ao ano.

A proposta da Anatel é abrandar os parâmetros técnicos, o que permitiria a redução do número de orelhões. Mas, em contrapartida, as empresas teriam obrigações com a melhoria dos aparelhos e oferta de novos serviços, como o de banda larga, telefone com câmera e tela, serviço de indicação de mapas, entre outros. A proposta de redução do número de orelhões e de localização de telefones públicos, segundo os técnicos, não vão atingir aqueles instalados em escolas, hospitais, e localidades menores. A Anatel está propondo mudanças que seguem a tendência internacional, explicam.

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