A inflação mais alta e a desvalorização do real não devem mudar a decisão do Banco Central de reduzir a Selic. A avaliação é do Grupo Consultivo Macroeconômico da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que prevê queda de 0,5% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, nesta quarta (11).
Se a nova redução se confirmar será o quinto corte consecutivo, levando a taxa básica de juros dos atuais 5% para 4,5% - a menor taxa histórica do Brasil. Para o ano que vem, os economistas acreditam em outra queda, chegando a 4,25% ao final de 2020.
“A expectativa de corte da Selic para 4,5% é consensual entre os membros do comitê. Olhando para a frente, entretanto, houve alterações importantes na inflação de curto prazo e no movimento da taxa de câmbio desde a última reunião do Copom. Por isso, apesar de prevermos um corte adicional em fevereiro de 2020, o cenário tornou-se mais incerto e o Copom ficará ainda mais dependente dos dados para decidir se estende o corte de juros ou se interrompe a queda em 4,5%”, explica Fernando Honorato, coordenador do Grupo Consultivo Macroeconômico.
Com relação à atividade econômica, o grupo da Anbima revisou para cima a estimativa do PIB para este ano, passando de 0,9% para 1,2%. Para 2020, a expectativa é de um ambiente mais favorável ao crescimento: os economistas revisaram o PIB de 2% para 2,33%. Para Honorato, entretanto, a inflação não deve ser uma preocupação, afastando chances de que ela fique acima do centro da meta.
Câmbio
O Grupo Consultivo Macroeconômico elevou a projeção do câmbio no fim deste ano de R$ 4,00 (apontado no relatório anterior) para R$ 4,15. O resultado, caso concretizado, equivalerá a desvalorização de 7,1% da moeda brasileira frente ao dólar em 2020.
-
Está proibido questionar as autoridades?
-
Governo deve ampliar interferência política na Petrobras; o que esperar do futuro da empresa
-
Lula politiza o drama gaúcho e escala Paulo Pimenta para incomodar Eduardo Leite; acompanhe o Sem Rodeios
-
Lula anuncia voucher de R$ 5,1 mil para famílias desabrigas do RS e oficializa ministério da reconstrução
Paulo Guedes: “Nós faríamos tudo de novo e com mais intensidade”
Governo deve ampliar interferência política na Petrobras; o que esperar do futuro da empresa
Não vai faltar arroz no Brasil, apesar do governo Lula criar alarme no mercado
Tributaristas defendem que governo permita doação de Imposto de Renda para socorrer o RS