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Bandeira vermelha cairá de R$ 5,50 para R$ 4,50 no mês que vem. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Bandeira vermelha cairá de R$ 5,50 para R$ 4,50 no mês que vem.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta sexta-feira (28) o desconto de 18% na bandeira tarifária vermelha. Com isso, o valor cobrado a mais nas contas de luz para cada 100 kilowatt-hora (kWh) consumidos durante a vigência dessa bandeira cairá de R$ 5,50 para R$ 4,50 a partir de setembro.

Considerando o consumo médio residencial brasileiro, o impacto médio nas contas de luz das famílias será de 2%. Isso equivale a uma redução de R$ 1,7 bilhão na arrecadação das empresas de distribuição até o fim do ano.

231,5 MW

médios de energia, a serem gerados por 30 projetos solares, foram contratados no 7º Leilão de Energia de Reserva (LER), nesta sexta-feira (28). Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, o preço médio da energia comercializada ficou em R$ 301,79/MWh – deságio de 13,5% em relação ao preço máximo de R$ 349/MWh ditado pela Aneel. O preço ficou 40,3% acima do valor médio de R$ 215,12/MWh da energia solar contratada em leilão de reserva realizado no ano passado.

A proposta de alteração foi motivada pelo desligamento de 21 térmicas no início de agosto, responsáveis pela geração de 2 mil megawatts (MW). Por se tratarem das térmicas mais caras em operação, a economia de custos estimada até o fim do ano é de R$ 5,5 bilhões.

“Estamos fazendo uma revisão do orçamento porque houve uma mudança no cenário. Antes pensávamos que todas as térmicas ficariam ligadas até o fim de 2015. Mas, com o desligamento de alguma delas, pudemos realizar a alteração”, disse o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.

“Mas vamos continuar com a bandeira vermelha. Mudar para bandeira amarela não é um cenário provável para os próximos meses. A situação não melhorou a ponto de o consumidor poder relaxar na sua prática de economia de energia”, acrescentou.

A “Conta de Bandeiras” – acumulada pelas empresas de distribuição para quitarem o preço mas alto da energia – hoje ainda é deficitária em mais de R$ 1 bilhão, um passivo considerado normal pelo órgão regulador, que espera um equilíbrio até o fim do ano. Por isso, Rufino avaliou que é adequado dar o desconto na bandeira vermelha neste momento, ainda que isso mantenha o déficit nessa conta de algumas empresas por um prazo mais longo. Para a bandeira amarela não há alteração, continuando a cobrança em R$ 2,50 por 100 kWh consumidos. Na bandeira verde, não há cobrança adicional.

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