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Indiretamente, a Aneel fez a lição de casa que o governo se recusa a cumprir, mesmo diante do risco de levar "bomba" na Copa do Mundo. Ao aprovar um modelo de conta pré-paga, a agência cria condições para que o consumidor poupe energia por conta própria, evitando desperdícios e reduzindo a demanda sobre a cadeia de geração e distribuição.

Assim como faz com um celular pré-pago, o cidadão administrará o consumo, sabendo quando poderá gastar mais ou menos para não ficar sem luz. Ele pode até não perceber, mas ajudará a desafogar um sistema pressionado pelo baixo nível dos reservatórios e pelo calor intenso que levou o consumo de energia a bater recordes em janeiro e fevereiro.

Enquanto o Ministério das Minas e Energia nem sequer cogita lançar uma campanha de consumo consciente – "para não alarmar a população", segundo o ministro Edison Lobão –, o país vive à sombra do risco de novos apagões. Pedir ajuda da população seria admitir que a situação é preocupante, dando munição aos adversários em outubro. Ao que parece, a eleição é mais importante do que encarar de frente os problemas do país.

Edital de leilão ficará 5 dias em consulta pública

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, disse ontem que o órgão regulador deve divulgar na próxima terça-feira o preço da energia do leilão para entrega imediata às distribuidoras (A-0). O edital e as minutas de contratos ficarão em consulta pública por apenas cinco dias, de 2 a 7 de abril, e devem ser aprovados pela diretoria da Aneel na terça-feira. O leilão está marcado para o dia 25 deste mês.

O leilão será realizado em uma nova tentativa para resolver o problema das distribuidoras, que não conseguiram contratar a energia necessária na última licitação, em dezembro do ano passado. O preço foi considerado muito baixo e não atraiu geradores. Por essa razão, as distribuidoras têm de comprar energia no mercado de curto prazo, onde o preço bateu o recorde de R$ 822 por MWh.

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