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A taxa média de juros para pessoa física caiu 0,07 ponto porcentual em novembro, para 6,96% ao mês, informou hoje a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

Segundo a entidade, este é o menor nível de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 1995. A taxa corresponde a juros de 124,21% ao ano. Das seis linhas de crédito pesquisadas pela Anefac direcionadas ao consumo, cinco - juros do comércio, cheque especial, financiamento de automóveis, empréstimo pessoal de bancos e empréstimo pessoal de financeiras - reduziram suas taxas em novembro. A exceção foi cartão de crédito.

Para pessoa jurídica, todas as linhas de crédito pesquisadas - capital de giro, desconto de duplicatas, desconto de cheque e conta garantida - registraram diminuição nas taxas de juros. Em novembro, a taxa média para a produção caiu 0,16 ponto porcentual, para 3,75% ao mês, a menor desde fevereiro de 2001. Esta taxa corresponde a juros de 55,55% ao ano.

"Essas reduções podem ser atribuídas ao bom momento por que passa a economia brasileira, à maior competição do sistema financeiro e à expectativa de redução da inadimplência com a retomada do crescimento do emprego e da renda", avalia a Anefac.

De acordo com a entidade, a taxa de juros média para pessoa física caiu 13,70 pontos porcentuais entre dezembro de 2008 e novembro deste ano, de 137,91% ao ano para 124,21% ao ano. Para pessoas jurídicas, a taxa média de juros diminuiu 11,14 pontos porcentuais no período, de 66,69% ao ano para 55,55% ao ano. Já a Selic teve queda de 5 pontos porcentuais, de 13,75% ao ano para 8,75% ao ano.

Em seu comunicado, a entidade ressaltou que a pesquisa de novembro comprova o retorno das condições de crédito anteriores à crise (setembro de 2008) tanto em relação ao alongamento dos prazos de financiamento quanto à redução dos juros nas operações de crédito.

A expectativa da Anefac é de que as reduções nas taxas de juros em operações de crédito passem a ocorrer em níveis superiores aos da queda da taxa básica de juros. "Deveremos inclusive ter períodos em que a Selic vai ficar inalterada e as taxas de juros das operações de crédito vão ser reduzidas", afirma o comunicado.

Segundo a entidade, isso deve ocorrer, entre outros fatores, pelo atual nível da taxa Selic, que desestimula aplicações em tesouraria, maior competição entre o sistema financeiro, melhora do ambiente econômico, perspectiva de queda da inadimplência e introdução do cadastro positivo.

Além desses motivos, a Anefac cita que o volume de crédito existente no País ainda é considerado baixo e admite que as taxas de juros permanecem em níveis elevados. A entidade destaca ainda as ações e a pressão do governo pela diminuição dos spreads bancários e a perda de espaço dos bancos privados para os públicos na área de crédito durante a crise.

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