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Dados positivos dos Estados Unidos impuseram uma pausa no nervosismo do mercado com a crise na Líbia e a escalada do petróleo, levando a Bovespa ao seu melhor dia em duas semanas.

Diferentemente da véspera, quando a intensificação dos conflitos na Líbia pôs os investidores na defensiva, desta vez a notícia de que o governo do presidente Muammar Gaddafi lançou bombardeio perto de um terminal de exportação de petróleo não machucou as bolsas.

Na verdade, a alta do barril do óleo para acima dos 100 dólares em Nova York pela primeira vez desde setembro de 2008 até deu fôlego adicional ao Ibovespa, que subiu 1,57 por cento, a 67.281 reais. O giro financeiro da sessão foi de 7,44 bilhões de reais.

Companhias domésticas de grande peso no índice acompanharam o repique na cotação da commodity. Foi o caso da ação preferencial da Petrobras, com avanço de 2,16 por cento, para 28,90 reais.

O papel também refletiu o anúncio da companhia, feito na véspera, sobre a boa qualidade do óleo em Iara, na bacia de Santos, reforçando o potencial da jazida.

OGX, do grupo EBX, fortaleceu o movimento, com valorização de 3,52 por cento, a 20,00 reais.

"Os números positivos da economia norte-americana ofuscaram a alta do petróleo, pelo menos por enquanto", disse o operador de uma corretora paulista, sob condição de anonimato.

O principal balizador dos negócios desta sessão foi o relatório mostrando que o setor privado dos EUA abriu 217 mil empregos em fevereiro, superando expectativas de analistas, que previam abertura de 175 mil vagas.

Além disso, o Livro Bege, sumário do Federal Reserve, apontou que a economia do país ganhou fôlego no início de 2011.

Fatores corporativos domésticos deram contribuição adicional à recuperação do Ibovespa. O principal deles foi a reação do setor imobiliário, que vinha de duas sessões seguidas de forte baixa, em meio ao arrefecimento dos temores de que cortes no orçamento do programa do governo "Minha Casa, Minha Vida" prejudicarão os resultados do setor.

Em destaque, Rossi Residencial subiu 4,88 por cento, a 12,90 reais. Brookfield cresceu 4,03 por cento, cotada a 7,75 reais.

"Para as cinco construtoras cobrimos no Brasil, não vemos necessidade de cortar nossa previsão de crescimento das pré-vendas para 2011, de 20 por cento em média", apontou o Bank of America Merrill Lynch, em relatório.

Individualmente, TAM subiu 3,8 por cento, a 35,56 reais, após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ter dado parecer positivo para a fusão da companhia com a chilena LAN.

Ainda, Cosan teve apreciação de 3,89 por cento, para 26,70 reais, após a maior produtora brasileira de açúcar e etanol ter dito que espera economizar 3,4 bilhões de reais na joint-venture com a Shell.

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