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Sonda que inclinou no Rio não produz petróleo

A sonda semissubmersível que inclinou 3,5 graus durante pouco mais cinco horas nesta sexta-feira na Bacia de Campos está operando com lâmina de água de 2,8 mil metros. A sonda, da Noble, a serviço da Petrobras, tem capacidade de perfuração total de 9,1 mil metros.

A sonda é antiga, foi construída em 1980 e foi reformada em 2006, retomando suas condições iniciais e modernizando sistemas, segundo a Noble. A bandeira da unidade é da Libéria. Essa espécie de plataforma tem forma triangular, com lados de 104 metros e 99 metros.

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A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interditou a plataforma de petróleo da empresa Noble Paul Wolf (SS-53), a serviço da Petrobras, que adernou na madrugada desta sexta-feira (28), na Bacia de Campos, norte fluminense. A informação está em nota conjunta da ANP com a Marinha do Brasil, distribuída no início da tarde.

De acordo com a nota, não há risco de vazamento de petróleo. A plataforma está no Campo de Marlim, e já foi estabilizada. A Marinha enviou para o local um navio de patrulha e um helicóptero. "A ANP interditou, por medida cautelar, a Sonda SS-53, até que sejam restabelecidas as condições regulamentares de segurança operacional. A Sonda SS-53, que se encontrava no Poço 7-MRL-222HPA-RJS, estava em operação de reentrada e completação do poço, que permanece fechado com tampões de cimento, não havendo risco de vazamento de hidrocarbonetos no mar", diz a nota.

Segundo a ANP e a Marinha, não há registro de feridos e não há risco à navegação. Sobrevoos sobre o local não identificaram indícios de poluição no mar. Foi aberto um processo de investigação, com prazo de conclusão até 90 dias.

Funcionários permanecem em barcos próximos da plataforma

Diferentemente da informação obtida pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) no início da tarde, os 77 trabalhadores da Petrobras retirados da plataforma de perfuração SS-53 após um incidente na madrugada desta sexta-feira seguem nas cercanias da embarcação, fundeada na Bacia de Campos. Mais cedo, o Sindipetro-NF fora informado pela Petrobras que um rebocador iniciara a viagem de retorno com os trabalhadores.

"A informação que o setor de embarcações da Petrobras passou agora é que o barco está lá perto da SS-53", disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Marcelo Abrahão, diretor do Sindipetro-NF. "Queremos confirmar essa informação, porque tem algo estranho", completou o sindicalista, criticando a falta de informações passadas tanto pela Petrobras quanto pela Noble - multinacional inglesa dona da plataforma de perfuração.

Segundo Abrahão, os funcionários desceram da plataforma com o intuito de voltar à terra. "Não sabemos se estão mantendo os trabalhadores por lá para voltarem à plataforma. Eles passaram por um momento traumático. O incidente foi de madrugada. O certo seria eles desembarcarem e, se for o caso, voltar com outra equipe à plataforma", afirmou Abrahão.

A plataforma de perfuração chegou a registrar um inclinação após o incidente, por volta de 1h, segundo a Noble, dona da SS-53. Por volta de 6h30 a plataforma foi estabilizada e não há riscos de afundar, nem de poluir o ambiente. A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) interditou a SS-53 e as causas do incidentes estão sendo investigadas.

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