A Petrobras recebeu uma multa de R$ 151 mil da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) pela operação acima da capacidade das unidades de coqueamento da Refinaria de Paulínia (Replan), no interior de São Paulo. A aplicação da multa foi definida na última reunião da diretoria da agência, em dezembro, após a empresa apresentar recursos. Segundo a ANP, a multa refere-se ao período de cinco anos, quando houve operação acima da capacidade determinada pela agência. Ainda de acordo com o documento, não é possível afirmar quanto de sobrecarga houve na refinaria no período.
A aplicação da multa acontece em meio a uma crise no parque de refino da estatal. Em menos de 40 dias, foram cinco incêndios em diferentes unidades de refino da Petrobras. Em pelo menos um deles, em Manaus, três operários ficaram feridos. O último acidente, no sábado, 4, deixou paralisada a unidade de coque da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio. Ainda não há previsão para o restabelecimento da produção no local.
As refinarias se encontram no limite de operação, segundo denúncias de sindicatos e especialistas. Com o crescimento da produção de petróleo, as unidades têm sido utilizadas a 95% de capacidade, quando o normal seria 85%. Neste patamar, seria possível a realização de manutenções e paradas preventivas com o objetivo de minimizar os riscos de acidentes. A sobrecarga nas refinarias também tem como objetivo diminuir a importação de derivados de alto valor agregado, que pesam sobre a saúde financeira da companhia.
Comissão se reúne discute acidente na Reduc
A comissão de investigação do acidente na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, reúne-se na tarde desta segunda-feira para discutir as causas do incêndio de sábado (4). Técnicos da Petrobras, trabalhadores da unidade e representantes do Sindicato de Petroleiros (Sindpetro) de Duque de Caxias participam da reunião. A comissão também fez uma visita à unidade atingida.
Pela manhã, o sindicato fez uma mobilização entre os funcionários em frente à unidade para debater as condições de segurança na operação da refinaria. De acordo com o presidente do sindicato, Simão Zanardi, ainda não há previsão de retomada da produção na unidade. A Petrobras estimou, no sábado, a retomada em três dias. Mas o sindicato teme que a retomada aconteça sem as condições adequadas de segurança para operação, com a utilização de bombas reservas, sem sistema auxiliar.
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