Às vésperas de sua viagem à Coreia do Sul para participar da reunião do G20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na noite de terça-feira que os países ricos podem aprender com as medidas adotadas pelo Brasil para sair da crise financeira global.

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"Como os países ricos habitualmente tentavam dar lições ao Brasil de como a gente fazer, seria importante que, humildemente, agora eles fossem aprender o que nós fazemos para que eles pudessem fazer políticas iguais", disse Lula a jornalistas, após participar de jantar oferecido pelo presidente de Moçambique, Armando Guebuza, em Maputo.

Lula afirmou que, quando ocorriam crises econômicas no Brasil e em outros países pobres ou em desenvolvimento, sempre havia alguém do mundo desenvolvido para "dar palpite". Segundo o presidente, no entanto, com a crise econômico iniciada em 2008 nos países riscos "ninguém deu palpite".

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"Eu estou dando o palpite. Façam como se fez no Brasil que a coisa fica mais fácil", defendeu o presidente, segundo o site da Presidência da República.

Lula disse que a solução da crise financeira passa pelo aumento do comércio entre os países e pela elevação do consumo e da produção.

Ele voltou a criticar China e Estados Unidos por estarem com suas moedas desvalorizadas, o que aumenta a competitividade desses países.

"É preciso que o câmbio seja flutuante, mas que haja um equilíbrio entre as políticas cambiais". disse.

Questionado sobre se pretendia se reunir com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, para discutir a compra de 36 caças para a Força Aérea Brasileira, Lula disse que não acreditava que a agenda apertada permitiria tal encontro.

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"Essa coisa é tão importante que a gente não debate en passant", comentou. "Eu não sei se há tempo de discutir muitas coisas fora as questões econômicas."

O caça francês Rafale, fabricado pela Dassault, é apontado como favorito no chamado programa F-X2. O Gripen NG, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, também estão na disputa.

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